Revisitando o campo: autocrítica de uma antropóloga feminista
Neste trabalho, tenho como proposta refletir sobre os desafios postos para a produção de conhecimento na perspectiva da Antropologia Feminista, a partir de um exercício de autocrítica. Em especial, proponho-me a revisitar minhas diferentes vivências e experiências no trabalho de campo, ao longo dos...
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Publicado: |
Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Buenos Aires
2016
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I28-R259-article-23382021-08-11T00:14:03Z Revisitando o campo: autocrítica de uma antropóloga feminista Sardenberg, Cecilia M. B. antropologia reflexiva gênero interseccionalidades e etnografia etnografia feminista Neste trabalho, tenho como proposta refletir sobre os desafios postos para a produção de conhecimento na perspectiva da Antropologia Feminista, a partir de um exercício de autocrítica. Em especial, proponho-me a revisitar minhas diferentes vivências e experiências no trabalho de campo, ao longo dos meus quase 40 anos como autodenominada antropóloga feminista, agora, é claro, com um novo olhar –o da maturidade–. Para tanto, apoio-me nos princípios das epistemologias feministas perspectivistas, procurando identificar e analisar de que forma e em que medida as intersecções de gênero, raça, etnia, classe, geração e sexualidade, dentre outras, dentro dos contextos etnográficos distintos no tempo e no espaço em que atuei, demarcaram minha posicionalidade e persona no campo, promovendo –ou delimitando– meus encontros (ou desencontros) com meus interlocutores e interlocutoras na produção de um conhecimento que se quer antropológico e feminista. Neste exercício, revisito, assim, três momentos da minha trajetória: a) trabalhando na década de 1970 como assistente numa pesquisa com comunidades de origem portuguesa na região da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos da América; b) atuando, nos anos 1980, como documentadora em um projeto voltado para jovens da periferia de Salvador, Bahia; e c) desenvolvendo pesquisa de campo nos anos 1990 com antigas operárias e operários da indústria têxtil baiana num contexto de trabalho engajado. Por fim, com base nessas reflexões autocríticas, procuro destacar alguns pontos que considero centrais para se pensar a construção de uma etnografia feminista na contemporaneidade. Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Buenos Aires 2016-04-14 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/mora/article/view/2338 10.34096/mora.n20.2338 Mora; Núm. 20 (2014); 137-166 1853-001X 0328-8773 spa http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/mora/article/view/2338/2015 |
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Neste trabalho, tenho como proposta refletir sobre os desafios postos para a produção de conhecimento na perspectiva da Antropologia Feminista, a partir de um exercício de autocrítica. Em especial, proponho-me a revisitar minhas diferentes vivências e experiências no trabalho de campo, ao longo dos meus quase 40 anos como autodenominada antropóloga feminista, agora, é claro, com um novo olhar –o da maturidade–. Para tanto, apoio-me nos princípios das epistemologias feministas perspectivistas, procurando identificar e analisar de que forma e em que medida as intersecções de gênero, raça, etnia, classe, geração e sexualidade, dentre outras, dentro dos contextos etnográficos distintos no tempo e no espaço em que atuei, demarcaram minha posicionalidade e persona no campo, promovendo –ou delimitando– meus encontros (ou desencontros) com meus interlocutores e interlocutoras na produção de um conhecimento que se quer antropológico e feminista. Neste exercício, revisito, assim, três momentos da minha trajetória: a) trabalhando na década de 1970 como assistente numa pesquisa com comunidades de origem portuguesa na região da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos da América; b) atuando, nos anos 1980, como documentadora em um projeto voltado para jovens da periferia de Salvador, Bahia; e c) desenvolvendo pesquisa de campo nos anos 1990 com antigas operárias e operários da indústria têxtil baiana num contexto de trabalho engajado. Por fim, com base nessas reflexões autocríticas, procuro destacar alguns pontos que considero centrais para se pensar a construção de uma etnografia feminista na contemporaneidade. |
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