Sedimentação e Inovação: Relações entre a revista Barcelona e a tradição jornalística
Desde 2003, quando aparece pela primeira vez nas bancas argentinas, a revista Barcelona tensiona um certo modo de concepção e de consumo do jornalismo. Isso porque o periodismo está fortemente ancorado por um regime de familiaridade, cujos princípios formais, a revista pretende desestabilizar. Tal e...
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|---|---|
| Formato: | Trabajo revisado (Peer-reviewed) |
| Lenguaje: | Portugués |
| Publicado: |
Congreso Internacional de Letras
2018
|
| Acceso en línea: | http://eventosacademicos.filo.uba.ar/index.php/CIL/V-2012/paper/view/2463 https://repositoriouba.sisbi.uba.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=cil&d=2463_oai |
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I28-R145-2463_oai2025-11-04 Phellipy Jácome 2018-02-11 19:38:54 Desde 2003, quando aparece pela primeira vez nas bancas argentinas, a revista Barcelona tensiona um certo modo de concepção e de consumo do jornalismo. Isso porque o periodismo está fortemente ancorado por um regime de familiaridade, cujos princípios formais, a revista pretende desestabilizar. Tal enfrentamento gera inflexões interessantes, já que como aponta Leal (2002), a familiaridade é decisiva para que o real ofertado pelo jornal tradicional possa ser tomado como verdadeiro por parte de seus leitores. É a partir daí que temos a conformação de uma verbovisualidade típica, canônica, que deixa perceber certos esquemas que fazem parte do jogo de sedução entre leitores e veículos, cuja confiança e os critérios de verdade também dependem do compartilhamento de certos modos de presença. Visto isso, nos perguntamos que imbricamentos surgem de uma publicação que tenta quebrar essa expectativa e familiaridade para propor novas cadeias de sentido? Como forma de respondermos a essa indagação, ainda de que forma parcial, o que pretendemos nesse artigo é analisar algumas das narrativas produzidas por Barcelona para percebermos como ela utiliza técnicas do próprio jornalismo para subvertê-lo. Para isso, partiremos do conceito de tradicionalidade de Paul Ricoeur (1994), buscando compreender os processos de sedimentação e inovação que compõem os modos pelos quais a revista configura suas realidades. O conceito nos parece profícuo, tendo vista que deixa entrever que jamais estamos numa posição absoluta de inovadores, mas que sempre partimos da condição relativa de herdeiros. E isso é decisivo para entendermos o caráter inventivo de Barcelona em relação à tradição jornalística, já que é de algum grau de "servidão" ao jornalismo tradicional que ela estabelece seu desvio. Ou seja, é entendendo as orientações da composição narrativa do jornalismo tradicional, que a revista engendra relações que o interpela. application/pdf http://eventosacademicos.filo.uba.ar/index.php/CIL/V-2012/paper/view/2463 pt Congreso Internacional de Letras Los autores que envíen algún trabajo a la conferencia están de acuerdo con los siguientes términos:<br/> <strong>a)</strong> Los autores retienen el copyright de sus trabajos, y autorizar a la organización de la conferencia a que sus trabajos se publiquen con la licencia <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/">Creative Commons de Reconocimiento</a>, que permite a terceros el libre acceso a los archivos, usar y compartir los trabajos, con el reconocimiento de la autoría y como primer punto de referencia de su presentación, esta conferencia.<br/> <strong>b)</strong> Los autores renuncian a los términos de la licencia CC y en un texto aparte, señalan los términos del acuerdo para la distribución no exclusiva y ulterior publicación de este trabajo (p.e., publicar en una versión revisada en una revista, depositarlo en un repositorio institucional o publicarlo en un libro), con el reconocimiento, como primer punto de referencia de su presentación, esta conferencia.<br/> <strong>c)</strong> Adicionalmente, se recomienda a los autores, a depositar y compartir sus trabajos a través de la web (p.e., en repositorios institucionales o en sus páginas web) bien antes o después de la conferencia. Congreso Internacional de Letras; V Congreso Internacional de Letras Sedimentação e Inovação: Relações entre a revista Barcelona e a tradição jornalística Trabajo revisado (Peer-reviewed) https://repositoriouba.sisbi.uba.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=cil&d=2463_oai |
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Desde 2003, quando aparece pela primeira vez nas bancas argentinas, a revista Barcelona tensiona um certo modo de concepção e de consumo do jornalismo. Isso porque o periodismo está fortemente ancorado por um regime de familiaridade, cujos princípios formais, a revista pretende desestabilizar. Tal enfrentamento gera inflexões interessantes, já que como aponta Leal (2002), a familiaridade é decisiva para que o real ofertado pelo jornal tradicional possa ser tomado como verdadeiro por parte de seus leitores. É a partir daí que temos a conformação de uma verbovisualidade típica, canônica, que deixa perceber certos esquemas que fazem parte do jogo de sedução entre leitores e veículos, cuja confiança e os critérios de verdade também dependem do compartilhamento de certos modos de presença. Visto isso, nos perguntamos que imbricamentos surgem de uma publicação que tenta quebrar essa expectativa e familiaridade para propor novas cadeias de sentido? Como forma de respondermos a essa indagação, ainda de que forma parcial, o que pretendemos nesse artigo é analisar algumas das narrativas produzidas por Barcelona para percebermos como ela utiliza técnicas do próprio jornalismo para subvertê-lo. Para isso, partiremos do conceito de tradicionalidade de Paul Ricoeur (1994), buscando compreender os processos de sedimentação e inovação que compõem os modos pelos quais a revista configura suas realidades. O conceito nos parece profícuo, tendo vista que deixa entrever que jamais estamos numa posição absoluta de inovadores, mas que sempre partimos da condição relativa de herdeiros. E isso é decisivo para entendermos o caráter inventivo de Barcelona em relação à tradição jornalística, já que é de algum grau de "servidão" ao jornalismo tradicional que ela estabelece seu desvio. Ou seja, é entendendo as orientações da composição narrativa do jornalismo tradicional, que a revista engendra relações que o interpela. |
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