Apropiación de un bien común en la sociedad andina y su resistencia. «Agua» de José María Arguedas

Em um cenário mundial de crise hídrica, no chamado Antropoceno ou melhor, Capitaloceno, este artigo realiza uma «leitura atenta» de «Água» (1935), o primeiro conto publicado por José María Arguedas. Em uma área andina, o cacique nega a água aos membros da comunidade indígena desesperados pela necess...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Bustamante, Francisco
Formato: Artículo revista
Lenguaje:Español
Publicado: Universidad Nacional del Litoral 2022
Materias:
Acceso en línea:https://bibliotecavirtual.unl.edu.ar/publicaciones/index.php/Culturas/article/view/12327
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Sumario:Em um cenário mundial de crise hídrica, no chamado Antropoceno ou melhor, Capitaloceno, este artigo realiza uma «leitura atenta» de «Água» (1935), o primeiro conto publicado por José María Arguedas. Em uma área andina, o cacique nega a água aos membros da comunidade indígena desesperados pela necessidade de irrigação para dá–la aos seus favoritos, pelo que nasce uma resistência frágil e violentamente esmagada. O artigo contextualiza a crise hídrica com um olhar histórico aos trabalhos coletivos andinos originários dos tempos pré–incas, o colapso do Tawantisuyo devido à invasão europeia e as políticas favoráveis ​​à propriedade privada do período republicano que transformaram a água de um bem comum em uma mercadoria administrada pelos caciques em troca da consolidação de sua dominação. O conto é narrado por uma criança que é uma sombra autobiográfica do autor. O solidário e triste Ernesto testemunha o sofrimento e também a cultura e visão de mundo indígena. Analisa–se o valor dos símbolos, salientando o protagonismo da Natureza: a água e o Sol. Questionando a crítica de Mario Vargas Llosa à obra de Argueda, aponta–se que o conto se prepara para o enfrentamento de situações, como a atual, em que a escassez da água atinge níveis dramáticos e onde a sua natureza de bem comum é fundamental. Ressalta–se também a capacidade do texto de promover uma esperança que revigora a resistência ao desastre climático e as tentativas de soluções individualistas em detrimento de interesses coletivos.