A fragmentação da carreira docente no estado de são paulo e suas implicações para o exercício docente

Intenciona-se, neste trabalho, problematizar a carreira docente no Estado de São Paulo, apresentando as transformações históricas por que passou e detendo-se mais especificamente sobre as formas de ingresso e organização na carreira do magistério na atualidade. Argumenta-se que a atual fragmentação...

Descripción completa

Detalles Bibliográficos
Autores principales: Militão, Andréia Nunes, Perboni, Fabio
Formato: Artículo revista
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires. Facultad de Ciencias Humanas. Núcleo de Estudios Educacionales y Sociales. (NEES) 2014
Materias:
Acceso en línea:http://www.ridaa.unicen.edu.ar/xmlui/handle/123456789/368
Aporte de:
id I21-R190-123456789-368
record_format ojs
institution Universidad Nacional del Centro
institution_str I-21
repository_str R-190
container_title_str Repositorio Institucional de Acceso Abierto (RIDAA)
language Portugués
format Artículo revista
topic Docentes
Formación de docentes
Educación
Brasil
Profesores
Enseñanza superior
San Pablo
Práctica profesional
spellingShingle Docentes
Formación de docentes
Educación
Brasil
Profesores
Enseñanza superior
San Pablo
Práctica profesional
Militão, Andréia Nunes
Perboni, Fabio
A fragmentação da carreira docente no estado de são paulo e suas implicações para o exercício docente
topic_facet Docentes
Formación de docentes
Educación
Brasil
Profesores
Enseñanza superior
San Pablo
Práctica profesional
author Militão, Andréia Nunes
Perboni, Fabio
author_facet Militão, Andréia Nunes
Perboni, Fabio
author_sort Militão, Andréia Nunes
title A fragmentação da carreira docente no estado de são paulo e suas implicações para o exercício docente
title_short A fragmentação da carreira docente no estado de são paulo e suas implicações para o exercício docente
title_full A fragmentação da carreira docente no estado de são paulo e suas implicações para o exercício docente
title_fullStr A fragmentação da carreira docente no estado de são paulo e suas implicações para o exercício docente
title_full_unstemmed A fragmentação da carreira docente no estado de são paulo e suas implicações para o exercício docente
title_sort fragmentação da carreira docente no estado de são paulo e suas implicações para o exercício docente
publisher Universidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires. Facultad de Ciencias Humanas. Núcleo de Estudios Educacionales y Sociales. (NEES)
publishDate 2014
url http://www.ridaa.unicen.edu.ar/xmlui/handle/123456789/368
work_keys_str_mv AT militaoandreianunes afragmentacaodacarreiradocentenoestadodesaopauloesuasimplicacoesparaoexerciciodocente
AT perbonifabio afragmentacaodacarreiradocentenoestadodesaopauloesuasimplicacoesparaoexerciciodocente
AT militaoandreianunes fragmentacaodacarreiradocentenoestadodesaopauloesuasimplicacoesparaoexerciciodocente
AT perbonifabio fragmentacaodacarreiradocentenoestadodesaopauloesuasimplicacoesparaoexerciciodocente
first_indexed 2022-07-04T14:39:55Z
last_indexed 2022-07-04T14:39:55Z
bdutipo_str Revistas
_version_ 1764819787649646592
description Intenciona-se, neste trabalho, problematizar a carreira docente no Estado de São Paulo, apresentando as transformações históricas por que passou e detendo-se mais especificamente sobre as formas de ingresso e organização na carreira do magistério na atualidade. Argumenta-se que a atual fragmentação interfere na atuação docente e, consequentemente, na melhoria da qualidade da educação paulista. Para tanto, recorre a pesquisa bibliográfica e documental, debruçando-se sobre a legislação educacional produzida pela secretaria Estadual de Educação de São Paulo (SEE-SP) e obras de referencia para a área. Para análise da carreira docente, compreendida como uma política pública, partimos de dois princípios: de um lado, uma visão normativa, expressa pela legislação que determina e orienta a organização da carreira docente e, de outro lado, a percepção sobre esta carreira captada por meio das opiniões sobre a mesma veiculada pela imprensa, pelos próprios docentes representados por seu sindicado e pelos pesquisadores em educação que analisam os reflexos dessa normatização sobre a prática da atuação docente. Elaborada num contexto de reformas do ensino paulista e “vendida” como uma proposta de adequação à LDB/1996, a Lei nº 836 que institui o Plano de Carreira, Vencimentos e Salários do Quadro do Magistério da SEE, alterando a Lei nº 444/85 do Estatuto do Magistério Paulista - tinha como primeiro atributo representar uma profunda transformação na carreira docente existente até aquele momento. A redução dos níveis e referencias que possibilitavam ao professor evoluir na carreira por diferentes critérios como, por exemplo, o tempo de trabalho, são aspectos que foram alterados a partir dessa prerrogativa legal. Procurando ordenar esse emaranhado de regulamentações, podemos identificar três dimensões relevantes que impactaram a carreira docente e, consequentemente, a política de remuneração. Um primeiro aspecto refere-se às modificações na forma de ingresso na carreira tanto de professores efetivos como os temporários; um segundo que diz respeito especificamente às formas de evolução dentro do plano de carreira; e, por fim, temos o componente relativo aos mecanismos de remuneração variável. Inicialmente é importante pontuar que todos esses mecanismos criaram uma enorme diversidade e fragmentação da carreira docente, uma vez que instituiu uma grande diversidade de remunerações e, de certa forma, gerou constante instabilidade sobre o funcionamento das escolas. Cabe destacar que, alguns desses problemas embora existentes anteriormente a essas reformas, não foram resolvidos até a atualidade, outros surgiram em decorrência das próprias reformas, inspiradas numa concepção neoliberal de incentivos e punições baseados na medição do desempenho docente. Entende-se que a carreira docente ao longo da última década sofreu acréscimos e exclusões que a modificaram radicalmente antes de produzir plenamente seus efeitos sobre a carreira docente. A segunda dimensão que assinalamos refere-se a uma remuneração variável que passou a ser paga a partir de 2001, esta não possuía um valor fixo e era paga a todos os docentes de acordo com uma tabela de pontuação que levava em consideração a assiduidade. Dessa maneira, foi compreendida por muitos como um mecanismo de pressão sobre o magistério uma vez que ao usufruírem direitos tais como as licenças saúde, licença prêmio ou que se ausentassem do trabalho por quaisquer outros motivos, mesmo que previstos e garantidos por lei, o docente era penalizado pelo não recebimento de um determinado valor ao final do ano – popularizado como bônus. Em relação à contratação de docentes a política estadual paulista passou por constantes modificações na última década, contudo, sem resolver essa questão. Destacamos que desde 1988 a única forma de ingresso num cargo do serviço público passou a ser o concurso, que no caso do magistério se constituí de prova de conhecimentos gerais e específicos mais prova de títulos. Entendemos que embora com diferentes nomenclaturas, condições de trabalho, 3 salários e status, os professores desempenham o mesmo trabalho. A fragmentação da carreira docente e a multiplicidade de formatos de contratação para uma mesma atividade explicitam uma situação sui generis com a coexistência de diferentes regimes de trabalho para uma mesma carreira e a coexistência das mesmas no interior de uma mesma escola. Até o final do século XX os professores se dividiam basicamente entre efetivos, aprovados em concurso público e temporários que atuavam em cargos vagos ou em substituição ao efetivo afastado temporariamente por qualquer motivo. A diferença básica entre eles se resumia a transitoriedade do professor temporário. Aos poucos foram criadas novas categorias que se designavam por letras, criando as chamadas categorias O, F, L e ainda os professores efetivos. É fato que o número de temporários se manteve praticamente inalterado nas duas últimas décadas, evidenciando que os sucessivos concursos anunciados com pompa pelos diferentes governos paulistas se mostram insuficientes para repor exonerações e aposentadorias. Para alterar esse quadro, ao invés de implementar uma política efetiva em torno da carreira docente, os sucessivos ocupantes do cargo de governador veem modificando apenas as terminologias. Defende-se que um dos fatores para gerar atratividade docente é a organização da carreira, compreendida como os critérios para evolução funcional, que implica em incrementos salariais de acordo com o cumprimento pelo docente dos critérios estabelecidos.