Atenção e a memória na educação de jovens e adultos (EJA)

Compreender os processos funcionais do psiquismo é de grande importância para o educador, pois os mesmos podem servir como facilitadores da aprendizagem, quando corretamente utilizados, ou, pelo contrário, podem levar o aluno ao fracasso se ignorados. No presente texto, busca-se relacionar dois impo...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Braga, Ana Carolina, Mercadante, Jefferson
Formato: Artículo revista
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires. Facultad de Ciencias Humanas. Núcleo de Estudios Educacionales y Sociales (NEES) 2014
Materias:
Acceso en línea:http://www.ridaa.unicen.edu.ar/xmlui/handle/123456789/345
Aporte de:
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description Compreender os processos funcionais do psiquismo é de grande importância para o educador, pois os mesmos podem servir como facilitadores da aprendizagem, quando corretamente utilizados, ou, pelo contrário, podem levar o aluno ao fracasso se ignorados. No presente texto, busca-se relacionar dois importantes elementos do psiquismo, a atenção e a memória, à educação de jovens e adultos (EJA), ressaltando-se as especificidades dessa modalidade de ensino e as características daqueles elementos, profundamente ligados um ao outro. Para potencializar o uso da atenção no processo de ensino-aprendizagem é necessário que o educador procure atuar de forma a demonstrar para o aluno o motivo e a finalidade daquilo que lhe é exigido, situar em seu pensamento e em suas relações afetivas a atividade que pretende que seja desempenhada. O educador pode utilizar o processo funcional da memória a seu favor quando: a) investir nas estratégias citadas anteriormente, contribuindo para ampliar a capacidade de fixação; b) conectar cada conteúdo novo com conteúdos anteriores, de forma a reforçar as ligações e associações ; c) buscar repetir sempre os conteúdos, contribuindo para a fixação do padrão neuronal e para facilitar a posterior evocação da informação. Muito mais do que no ensino regular, o aluno de EJA tem uma trajetória de vida com diversas experiências acumuladas. A personalidade, ao contrário da criança, já está bem formada. Do ponto de vista da psicologia da educação, isso implica considerar a andragogia em substituição à pedagogia. É importante que o educador de EJA compreenda “que esses alunos são sujeitos trabalhadores que se relacionam precariamente com o mercado de trabalho, ou seja, suas atividades de trabalho, muitas vezes, não têm o mínimo significado para o modelo de produção capitalista” (LOPES, 2008, p. 101). O aluno de EJA, de acordo com pesquisas sobre o seu perfil, é o aluno repetente ou evadido, um trabalhador que acumula responsabilidades profissionais com responsabilidades domésticas, abrindo mão do pouco tempo de lazer que lhe resta para prosseguir nos estudos e obter um melhor lugar no mercado de trabalho. Diante desse perfil de aluno, que já chega no turno da noite cansado pelo trabalho e pela responsabilidade, torna-se de extrema importância trabalhar positivamente as características da intensidade e da novidade, vistas anteriormente, muito mais do que em qualquer outra modalidade educacional. Sem um estímulo forte, dificilmente o educador conseguirá reter a atenção do aluno de EJA. A tendência do educador de EJA deve ser valorizar as experiências prévias de seus alunos. No aspecto curricular, o ensino fragmentado e o currículo formalista deve ser transformado cada vez mais em uma rede de saberes, que é benéfica à captação da atenção do aluno justamente por depender da ligação/conexão entre conteúdos e experiências. De acordo com Oliveira (2008, p. 16) “dizer algo a alguém não provoca aprendizagem nem conhecimento, a menos que aquilo que foi dito possa entrar em conexão com os interesses, crenças, valores ou saberes daquele que escuta.” Essa rede de saberes devem ser organizadas de acordo com temas que fazem sentido para os alunos de EJA, como é o caso dos eixos propostos nas diretrizes: trabalho, cultura, sociedade, etc., buscando sempre atuar na formação crítica. É necessário incentivar a adesão voluntária e manter a motivação natural do aluno jovem e adulto, através da demonstração dos motivos e finalidades do aprendizado. Em seguida, é necessário que o conteúdo seja centrado na própria vida do aluno e em questões que possuem um sentido pessoal para o mesmo. Isso já é o primeiro passo em direção da fixação dos conteúdos, pois, como vimos, a capacidade de atenção tem uma forte influência da afetividade e da adesão voluntária. É importante lembrar que o conteúdo deve ser trabalhado a partir de uma integração organizada das informações, de forma a evitar-se a dispersão. Um terceiro aspecto importante abordado diz respeito à característica do aprendizado do jovem e do adulto a partir da experiência. E quanto mais diferente e intensa for a metodologia de trabalhando, agindo sobre os fatores de intensidade e novidade, maior o engajamento da atenção do aluno na experiência em questão. Em seguida, temos a questdo papel do professor como mediador e facilitador da aprendizagem. Essa função docente deve levar em consideração a organização do conteúdo, buscando esclarecer para o aluno as conexões entre os conteúdos atuais e os anteriores, repetindo e reafirmando informações já trabalhadas. Por fim, a consideração das diferenças individuais, sobretudo quanto às diferentes formas de atenção e às diferentes capacidades de memorização devem ser levadas em conta para a potencialização desses processos funcionais na aprendizagem.