Capítulo I - O VERBO (impressos: jornais União da Maré e O Cidadão)

1. “UM JORNAL PRÁ LANÇAR UMA MENSAGEM TEM QUE DIZER A VERDADE VONTADE DE TODOS EM UMA SÓ RAMAGEM”[1] Sem um jornal, um impresso de qualquer gênero, você jamais poderá unir uma comunidade [Ben Kingsley, no papel de Mahatma Gandhi, em filme de 1982] Editado de modo ar...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Chagas, Victor; Fundação Getúlio Vargas (FGV)
Lenguaje:Portugués
Publicado: Edições Universitárias Lusófonas 2012
Acceso en línea:http://revistas.ulusofona.pt/index.php/cadernosociomuseologia/article/view/2660
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=pt/pt-003&d=article2660oai
Aporte de:
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language Portugués
description 1. “UM JORNAL PRÁ LANÇAR UMA MENSAGEM TEM QUE DIZER A VERDADE VONTADE DE TODOS EM UMA SÓ RAMAGEM”[1] Sem um jornal, um impresso de qualquer gênero, você jamais poderá unir uma comunidade [Ben Kingsley, no papel de Mahatma Gandhi, em filme de 1982] Editado de modo artesanal, a partir de um original em estêncil, impresso em mimeógrafo e fotocopiado, o jornal comunitário União da Maré circulou em doze edições de periodicidade irregular[2], entre janeiro de 1980 e dezembro de 1982, pela área da Maré, Bonsucesso, Ramos e adjacências, bairros do Rio de Janeiro. Com um objetivo editorial claro, o jornal enfatizava as virtudes do associativismo e do deliberativismo no meio comunitário, e lutava contra a cooptação de lideranças nas associações de moradores pelo poder público, acima de tudo, apresentando uma apaixonada defesa da transparência nas atuações do Governo Federal na favela. Tomei conhecimento de sua existência ainda antes de minha primeira visita ao Museu da Maré, quando buscava informações suplementares para o projeto que então subscrevia ao Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais, ao qual hoje estou vinculado. Conversando com Carlinhos por telefone, combinamos que ele me remeteria um trecho da recém-aprovada dissertação de sua esposa, Cláudia Rose Ribeiro da Silva, no mestrado profissional do mesmo programa. Foi o que ele fez, na esperança de que o trecho que ele havia me enviado pudesse ser útil nas minhas aspirações de estudar os meios de comunicação da Maré. [1] Este capítulo foi originalmente apresentado sob a forma de artigo nos XIII Encontro de História da Associação Nacional de História do Rio de Janeiro (Anpuh-Rio) e 32º Encontro da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), respectivamente nos sts Imprensa e Memória e Democracia, Comunicação Política e Eleições. E também como trabalho final para a disciplina História Política do Brasil Republicano (Mídia). Agradeço, portanto, aos comentários dos colegas de st, em especial das professoras Laura Antunes Maciel (Anpuh-Rio), Marta Emisia Jacinto Barbosa (Anpuh-Rio) e Alessandra Aldé (Anpocs). Sobre a consideração da professora Marta Emisia de que não basta apenas chegar à materialidade, ao produto final, mas que é preciso levar em conta a rede de relações que culmina nessa materialidade, eu respondo dizendo que, ao falarmos de um universo micro/local, como é o da área da Maré, as redes de relações se fazem presentes nas próprias materialidades. Basta que se acompanhe a intimidade com que tratam o leitor os colaboradores do União da Maré, e a liberdade que eles próprios têm de citar seus nomes em meio às lideranças comunitárias que figuram nas páginas do jornal. Não é difícil identificar, em diálogo com os moradores, a participação e as relações de S. Hildebrando, por exemplo. Assim é que, apesar de utilizar apenas o jornal como fonte primária, minha análise não se circunscreve a sua materialidade somente. [2] A intermitência em jornais comunitários é um aspecto relativamente comum. As edições do União da Maré se referem às datas especificadas na tabela 1.1. Todas as edições pesquisadas pertencem ao acervo do Arquivo Dona Orozina Vieira, do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (Ceasm). A edição de número 3 não pôde ser recuperada em minha pesquisa.
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