Práticas de rebeldia e políticas de igualdade: centros, margens e possibilidades

Num texto publicado pelo Monde Diplomatique, em janeiro de 1995, Ignacio Ramonet chamava “pensamento único” ao que era divulgado através de poderosos meios de difusão: a imprensa económica, o patronato, uma parte da Universidade, os círculos de reflexão e de estudos, as escolas de gestão. Enquadrado...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Godinho, Paula
Formato: Artículo revista
Lenguaje:Español
Publicado: Escuela de Historia. Facultad de Humanidades y Artes. Universidad Nacional de Rosario 2017
Acceso en línea:https://revistapaginas.unr.edu.ar/index.php/RevPaginas/article/view/269
Aporte de:
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spelling I15-R201-article-2692025-04-27T22:03:07Z Práticas de rebeldia e políticas de igualdade: centros, margens e possibilidades Godinho, Paula Num texto publicado pelo Monde Diplomatique, em janeiro de 1995, Ignacio Ramonet chamava “pensamento único” ao que era divulgado através de poderosos meios de difusão: a imprensa económica, o patronato, uma parte da Universidade, os círculos de reflexão e de estudos, as escolas de gestão. Enquadrado num projeto integral de construção de um modelo das relações sociais e de classe, de realinhamento do público e do privado, e de reconfiguração das formas de governo, o pensamento único tem como epítome uma citação de Margaret Thatcher: “[e]conomics are the method, but the object is to change the soul”[1]. Reporta-se à realidade do capitalismo actual, que acentuou as desigualdades[2] , com as diferenças de classe a plasmarem-se em identidades raciais, de género, de nação, de religião, de pertença geográfica[3], nas suas justaposições e multiplicidades. Entre possibilidades perdidas e possibilidades impossíveis, num tempo em que o exercício da caridade e do assistencialismo parece ir substituindo o da partilha e da criação de noções de comum, há práticas de resistência, legíveis nos centros, nas margens, nos esconderijos e em bifurcações não previstas. Estas práticas ilustram o papel dos agentes sociais subalternos e silenciados pela História, que se movem, que agem, que actuam, que se dissimulam ou que se evadem.[1] apud Harvey, David, A breef History of Neoliberalism, Oxford, Oxford University Press, 2005, pág. 23[2] Piketty,  Thomas, Le capital au XXIe siècle, Paris, Seuil, 2013, passim[3] Harvey, David, O Enigma do Capital e as Crises do Capitalismo, Lisboa, Bizâncio, 2011, pág. 261 Escuela de Historia. Facultad de Humanidades y Artes. Universidad Nacional de Rosario 2017-12-31 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion presentación application/pdf text/html https://revistapaginas.unr.edu.ar/index.php/RevPaginas/article/view/269 10.35305/rp.v9i21.269 Revista Paginas; Vol. 9 Núm. 21 (2017): SEPTIEMBRE/DICIEMBRE: Práticas de rebeldia e políticas de igualdade: centros, margens e possibilidades; 3-10 1851-992X spa https://revistapaginas.unr.edu.ar/index.php/RevPaginas/article/view/269/349 https://revistapaginas.unr.edu.ar/index.php/RevPaginas/article/view/269/html https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0
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