Educação (nem ambos) superior, mais democrática (talvez)

Enquanto estamos sendo avassalados ou atropelados por avanços tecnológicos digitais que vão nos incomodar muito, em especial em relação ao ensino que vai se neoliberalizar (mercantilizar) ainda mais, vamos fazendo de conta que a educação vai se aguentando. Uma das tiradas mais eloquentes de Darcy Ri...

Descripción completa

Guardado en:
Detalles Bibliográficos
Autor principal: Demo, Pedro
Formato: Artículo revista
Lenguaje:Portugués
Publicado: Núcleo de Estudios e Investigaciones en Educación Superior del MERCOSUR 2025
Materias:
Acceso en línea:https://revistas.unc.edu.ar/index.php/integracionyconocimiento/article/view/48047
Aporte de:
id I10-R376-article-48047
record_format ojs
institution Universidad Nacional de Córdoba
institution_str I-10
repository_str R-376
container_title_str Integración y Conocimiento
language Portugués
format Artículo revista
topic Higher Education. University. Commodify. Democratization.
Educación superior. Universidad. Mercantilizar. Democratización.
spellingShingle Higher Education. University. Commodify. Democratization.
Educación superior. Universidad. Mercantilizar. Democratización.
Demo, Pedro
Educação (nem ambos) superior, mais democrática (talvez)
topic_facet Higher Education. University. Commodify. Democratization.
Educación superior. Universidad. Mercantilizar. Democratización.
author Demo, Pedro
author_facet Demo, Pedro
author_sort Demo, Pedro
title Educação (nem ambos) superior, mais democrática (talvez)
title_short Educação (nem ambos) superior, mais democrática (talvez)
title_full Educação (nem ambos) superior, mais democrática (talvez)
title_fullStr Educação (nem ambos) superior, mais democrática (talvez)
title_full_unstemmed Educação (nem ambos) superior, mais democrática (talvez)
title_sort educação (nem ambos) superior, mais democrática (talvez)
description Enquanto estamos sendo avassalados ou atropelados por avanços tecnológicos digitais que vão nos incomodar muito, em especial em relação ao ensino que vai se neoliberalizar (mercantilizar) ainda mais, vamos fazendo de conta que a educação vai se aguentando. Uma das tiradas mais eloquentes de Darcy Ribeiro foi que a crise da educação brasileira não é uma crise; é projeto (Roitman, 2022). A crise é tanto mais aguda, quanto menos a queremos perceber. Esta alienação é secular entre nós, em parte porque o sistema educacional atende à elite, pela regra da cota: a melhor universidade sempre foi cota dos mais ricos, flagrantemente. A cota dos negros é, tipicamente, uma contracota, uma resposta e isto é mais que suficiente para a justificar. Mas, como em toda política social há uma arapuca, a arapuca aqui é, havendo algum acesso, a continuidade não é assegurada, o que implica esvaziar a oportunidade, em especial para os cursos mais procurados. Em geral o cotista não é reprovado (pegaria muito mal!), mas não precisa: ele mesmo desanima... Há um consolo, porém, porque o acesso se democratizou um pouco, pelo menos formalmente. Outras peripécias, contudo, desgastam a instituição, em parte com alguma razão, mas em parte por inépcia tradicional: ao invés de tentar entender a mudança, achando-se dona dela ou métrica dela, vai ficando para trás. A educação não muda, mas os tempos mudam. Faço neste texto um esforço para dar conta, mesmo muito preliminarmente, de alguns desafios da universidade, bem perdida no mundo da lua, mas um pouco mais democrática.
publisher Núcleo de Estudios e Investigaciones en Educación Superior del MERCOSUR
publishDate 2025
url https://revistas.unc.edu.ar/index.php/integracionyconocimiento/article/view/48047
work_keys_str_mv AT demopedro educacaonemambossuperiormaisdemocraticatalvez
AT demopedro educationnembothsuperiormoredemocraticperhaps
AT demopedro educacionningunasuperiormasdemocraticaquizas
first_indexed 2025-02-05T22:24:08Z
last_indexed 2025-02-05T22:24:08Z
_version_ 1841585513272705024
spelling I10-R376-article-480472025-01-29T20:45:46Z Educação (nem ambos) superior, mais democrática (talvez) Education (nem both) superior, more democratic (perhaps) Educación (ninguna) superior, más democrática (quizás) Demo, Pedro Higher Education. University. Commodify. Democratization. Educación superior. Universidad. Mercantilizar. Democratización. Enquanto estamos sendo avassalados ou atropelados por avanços tecnológicos digitais que vão nos incomodar muito, em especial em relação ao ensino que vai se neoliberalizar (mercantilizar) ainda mais, vamos fazendo de conta que a educação vai se aguentando. Uma das tiradas mais eloquentes de Darcy Ribeiro foi que a crise da educação brasileira não é uma crise; é projeto (Roitman, 2022). A crise é tanto mais aguda, quanto menos a queremos perceber. Esta alienação é secular entre nós, em parte porque o sistema educacional atende à elite, pela regra da cota: a melhor universidade sempre foi cota dos mais ricos, flagrantemente. A cota dos negros é, tipicamente, uma contracota, uma resposta e isto é mais que suficiente para a justificar. Mas, como em toda política social há uma arapuca, a arapuca aqui é, havendo algum acesso, a continuidade não é assegurada, o que implica esvaziar a oportunidade, em especial para os cursos mais procurados. Em geral o cotista não é reprovado (pegaria muito mal!), mas não precisa: ele mesmo desanima... Há um consolo, porém, porque o acesso se democratizou um pouco, pelo menos formalmente. Outras peripécias, contudo, desgastam a instituição, em parte com alguma razão, mas em parte por inépcia tradicional: ao invés de tentar entender a mudança, achando-se dona dela ou métrica dela, vai ficando para trás. A educação não muda, mas os tempos mudam. Faço neste texto um esforço para dar conta, mesmo muito preliminarmente, de alguns desafios da universidade, bem perdida no mundo da lua, mas um pouco mais democrática. While we are overwhelmed or run over by digital technological advances that will greatly annoy us, especially in relation to an education that will become even more neoliberalized (commercialized), let us pretend that education is holding its own. One of Darcy Ribeiro’s most eloquent observations was that the Brazilian educational crisis is not a crisis; it is a project (Roitman, 2022). The crisis is all the more acute the less we want to notice it. This alienation is secular among us, partly because the educational system serves the elite, through the rule of quotas: the best university has always been a quota for the richest, blatantly so. The black quota is often a counter-quota, a response and this is more than enough to justify it. But, as in every social policy there is a trap, the trap here is that, if there is some access, continuity is not ensured, which implies emptying the opportunity, especially for the most in-demand courses. In general, the quota holder does not fail (that would be very bad!), but he does not need to: he himself is discouraged. There is, however, a consolation, because access has become somewhat democratized, at least less formally. Other adventures, however, wear down the institution, partly for a reason, but partly because of traditional ineptitude: instead of trying to understand the change, to feel master or a measure of it, it falls behind. Education does not change, but times change. In this text I endeavour to account, even if only in a very preliminary way, for some of the challenges facing the university, rather lost in the world of the moon, but a little more democratic. Mientras nos vemos abrumados o atropellados por avances tecnológicos digitales que nos molestan mucho, especialmente en relación a la educación que se va a neoliberalizar (comercializar) aún más, hacemos de cuenta que la educación se mantiene firme. Una de las observaciones más elocuentes de Darcy Ribeiro fue que la crisis educativa brasileña no es una crisis; es un proyecto (Roitman, 2022). La crisis es tanto más aguda cuanto menos queremos notarla. Esta alienación es secular entre nosotros, en parte porque el sistema educativo sirve a la élite, a través de la regla de las cuotas: la mejor universidad siempre ha sido una cuota para los más ricos, descaradamente. La cuota para negros suele ser una contracuota, una respuesta y esto es más que suficiente para justificarla. Pero, como en toda política social hay una trampa, la trampa aquí es que, si hay algún acceso, no se asegura la continuidad, lo que implica vaciar la oportunidad, especialmente para los cursos más demandados. En general, el beneficiario de la cuota no fracasa (¡sería muy malo!), pero no necesita hacerlo: él mismo se desanima. Sin embargo, hay un consuelo, porque el acceso se ha democratizado un poco, al menos formalmente. Otras aventuras, sin embargo, desgastan a la institución, en parte por alguna razón, pero en parte por la ineptitud tradicional: en lugar de intentar comprender el cambio, sentirse dueño o una medida de él, se queda atrás. La educación no cambia, pero los tiempos cambian. En este texto me esfuerzo en dar cuenta, aunque sea de forma muy preliminar, de algunos de los retos que enfrenta la universidad, bastante perdida en el mundo de la luna, pero un poco más democrática. Núcleo de Estudios e Investigaciones en Educación Superior del MERCOSUR 2025-01-29 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf https://revistas.unc.edu.ar/index.php/integracionyconocimiento/article/view/48047 10.61203/2347-0658.v14.n1.48047 Integración y Conocimiento; Vol. 14 No. 1 (2025): Integración y Conocimiento Integración y Conocimiento; Vol. 14 Núm. 1 (2025): Integración y Conocimiento Integración y Conocimiento; v. 14 n. 1 (2025): Integración y Conocimiento 2347-0658 10.61203/2347-0658.v14.n1 por https://revistas.unc.edu.ar/index.php/integracionyconocimiento/article/view/48047/48436 Derechos de autor 2025 Integración y Conocimiento https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0