As comunidades negras rurais brasileiras e a luta pela terra
Com o ato abolicionista, o cativo conquistou sua liberdade civil e não havia mais necessidade de fugir para o quilombo para ser livre. Porém, muitos negros que viveram nos quilombos continuaram lá após a Abolição. Outros foram trabalhar em terras devolutas. Também, parcela dos ex-cativos permaneceu...
Guardado en:
| Autor principal: | |
|---|---|
| Formato: | Artículo revista |
| Lenguaje: | Español |
| Publicado: |
Centro de Estudios Avanzados
2014
|
| Acceso en línea: | https://revistas.unc.edu.ar/index.php/restudios/article/view/9426 |
| Aporte de: |
| id |
I10-R334-article-9426 |
|---|---|
| record_format |
ojs |
| spelling |
I10-R334-article-94262018-06-12T11:51:55Z As comunidades negras rurais brasileiras e a luta pela terra Fiabani, Adelmir Com o ato abolicionista, o cativo conquistou sua liberdade civil e não havia mais necessidade de fugir para o quilombo para ser livre. Porém, muitos negros que viveram nos quilombos continuaram lá após a Abolição. Outros foram trabalhar em terras devolutas. Também, parcela dos ex-cativos permaneceu trabalhando nas fazendas na condição de meeiro, parceiro, etc. Em alguns casos, ex-cativos receberam terras de seus senhores por meio de doação, compra e outras formas. As terras ocupadas pelos ex-escravos serviram como local de referência para onde convergiram outros afro-descendentes, que com o tempo, muitos destes lugares transformaram-se em comunidades negras. Em geral, nas primeiras décadas do século XX, a situação social do negro brasileiro permaneceu praticamente inalterada, mesmo com a liberdade civil conquistada através da revolução abolicionista. Historicamente mal-remunerada, discriminada, com escasso acesso à educação, moradia e saúde, setores da população afro-descendente começaram a se organizar de forma mais efetiva na segunda metade do século XX. Em 1988, após o período ditatorial, iniciaram-se os debates visando a elaboração de uma nova Constituição para o Brasil. Houve discussões sobre os mais variados temas, entre eles, o patrimônio cultural brasileiro e o quilombo, que resultaram no artigo 68 das Disposições Constitucionais Transitórias: a titulação das terras das comunidades remanescentes de quilombos. Atualmente, estas comunidades buscam na Constituição Federal amparo legal para retomar antigos domínios e legalizar suas posses. Centro de Estudios Avanzados 2014-11-20 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf https://revistas.unc.edu.ar/index.php/restudios/article/view/9426 10.31050/re.v0i0.9426 Estudios digital; 2010: Número especial | África y medio oriente: debates y problemáticas contemporáneas; pp. 49-59 1852-1568 0328-185X 10.31050/re.v0i0 spa https://revistas.unc.edu.ar/index.php/restudios/article/view/9426/10164 Derechos de autor 2010 Estudios digital |
| institution |
Universidad Nacional de Córdoba |
| institution_str |
I-10 |
| repository_str |
R-334 |
| container_title_str |
Estudios digital |
| language |
Español |
| format |
Artículo revista |
| author |
Fiabani, Adelmir |
| spellingShingle |
Fiabani, Adelmir As comunidades negras rurais brasileiras e a luta pela terra |
| author_facet |
Fiabani, Adelmir |
| author_sort |
Fiabani, Adelmir |
| title |
As comunidades negras rurais brasileiras e a luta pela terra |
| title_short |
As comunidades negras rurais brasileiras e a luta pela terra |
| title_full |
As comunidades negras rurais brasileiras e a luta pela terra |
| title_fullStr |
As comunidades negras rurais brasileiras e a luta pela terra |
| title_full_unstemmed |
As comunidades negras rurais brasileiras e a luta pela terra |
| title_sort |
as comunidades negras rurais brasileiras e a luta pela terra |
| description |
Com o ato abolicionista, o cativo conquistou sua liberdade civil e não havia mais necessidade de fugir para o quilombo para ser livre. Porém, muitos negros que viveram nos quilombos continuaram lá após a Abolição. Outros foram trabalhar em terras devolutas. Também, parcela dos ex-cativos permaneceu trabalhando nas fazendas na condição de meeiro, parceiro, etc. Em alguns casos, ex-cativos receberam terras de seus senhores por meio de doação, compra e outras formas. As terras ocupadas pelos ex-escravos serviram como local de referência para onde convergiram outros afro-descendentes, que com o tempo, muitos destes lugares transformaram-se em comunidades negras. Em geral, nas primeiras décadas do século XX, a situação social do negro brasileiro permaneceu praticamente inalterada, mesmo com a liberdade civil conquistada através da revolução abolicionista. Historicamente mal-remunerada, discriminada, com escasso acesso à educação, moradia e saúde, setores da população afro-descendente começaram a se organizar de forma mais efetiva na segunda metade do século XX. Em 1988, após o período ditatorial, iniciaram-se os debates visando a elaboração de uma nova Constituição para o Brasil. Houve discussões sobre os mais variados temas, entre eles, o patrimônio cultural brasileiro e o quilombo, que resultaram no artigo 68 das Disposições Constitucionais Transitórias: a titulação das terras das comunidades remanescentes de quilombos. Atualmente, estas comunidades buscam na Constituição Federal amparo legal para retomar antigos domínios e legalizar suas posses. |
| publisher |
Centro de Estudios Avanzados |
| publishDate |
2014 |
| url |
https://revistas.unc.edu.ar/index.php/restudios/article/view/9426 |
| work_keys_str_mv |
AT fiabaniadelmir ascomunidadesnegrasruraisbrasileirasealutapelaterra |
| first_indexed |
2024-09-03T21:12:25Z |
| last_indexed |
2024-09-03T21:12:25Z |
| _version_ |
1809210875739897856 |