A Naturphilosophie e o nascimento do eletromagnetismo: uma revisão histórica à luz da epistemologia de Ludwik Fleck
O presente artigo se propõe a interpretar o “Experimento da Agulha Magnética” do filósofo natural Hans Christian Ørsted (1777 – 1851), a partir da epistemologia de Ludwik Fleck (1896 – 1961), investigando seus resultados e sua recepção por outros filósofos naturais de seu tempo. Pretende-se revisita...
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| Publicado: |
Asociación de Profesores de Física de la Argentina
2025
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I10-R316-article-51180 |
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I10-R316-article-511802025-12-17T22:00:05Z A Naturphilosophie e o nascimento do eletromagnetismo: uma revisão histórica à luz da epistemologia de Ludwik Fleck The Naturphilosophie and the birth of electromagnetism: a historical review in the light of the epistemology of Ludwik Fleck Limberti Viana, Fernando Henrique Caluzi, João José Guerchi Gonzales, Eliéverson History of Physics Hans Christian Ørsted Thought style História da Física Hans Christian Ørsted Estilo de pensamento O presente artigo se propõe a interpretar o “Experimento da Agulha Magnética” do filósofo natural Hans Christian Ørsted (1777 – 1851), a partir da epistemologia de Ludwik Fleck (1896 – 1961), investigando seus resultados e sua recepção por outros filósofos naturais de seu tempo. Pretende-se revisitar a interpretação dos fenômenos observados e apresentados por Ørsted e verificar outras interpretações produzidas por André-Marie Ampère (1775-1836) e Jean-Baptiste Biot (1774-1862). Entendemos que quando Ørsted estava definindo suas ações e interpretações ele baseou-se em princípios filosóficos da Naturphilosophie, corrente filosófica fundada por Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling (1776 – 1810), que considerava que todos os fenômenos possuem uma origem única. Entendemos também que Ampère e Biot definiram suas ações e interpretações a partir de outras correntes filosóficas, como o pensamento newtoniano e a escola laplaciana, respectivamente. A partir dessa revisão bibliográfica, propomos uma interpretação do episódio denominado como “descoberta do eletromagnetismo” utilizando a epistemologia comparada de Fleck, médico polonês que produziu uma obra extensa sobre a construção de fatos científicos estruturada sobre o conceito de estilo de pensamento. Assim, esboçamos uma visão comparativa entre algumas das diferentes interpretações do experimento de Ørsted considerando que várias delas foram produzidas por diferentes coletivos de pensamento This article aims to interpret the “Magnetic Needle Experiment” conducted by the natural philosopher Hans Christian Ørsted (1777–1851) through the lens of Ludwik Fleck’s epistemology (1896–1961), examining both its results and its reception by other natural philosophers of his time. The intention is to revisit the interpretation of the phenomena observed and presented by Ørsted and to consider alternative interpretations produced by André-Marie Ampère (1775–1836) and Jean-Baptiste Biot (1774–1862). We understand that Ørsted, when defining his actions and interpretations, was guided by the philosophical principles of Naturphilosophie, a philosophical current founded by Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling (1776–1810), which held that all phenomena share a common origin. We also understand that Ampère and Biot based their actions and interpretations on different philosophical traditions, such as the Newtonian thought and the Laplacian school, respectively. Based on this literature review, we propose an interpretation of the episode known as the “discovery of electromagnetism” using Fleck’s comparative epistemology, developed by the Polish physician who produced extensive work on the construction of scientific facts grounded in the concept of thought style. In this way, we outline a comparative view of some of the different interpretations of Ørsted’s experiment, considering that many of them were produced by distinct thought collectives Asociación de Profesores de Física de la Argentina 2025-12-17 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf text/html https://revistas.unc.edu.ar/index.php/revistaEF/article/view/51180 10.55767/2451.6007.v37.n2.51180 Revista de Enseñanza de la Física; Vol. 37 Núm. 2 (2025): Julio - Diciembre; 137-151 Revista de Enseñanza de la Física; v. 37 n. 2 (2025): Julho - Dezembro; 137-151 2250-6101 0326-7091 10.55767/2451.6007.v37.n2 por https://revistas.unc.edu.ar/index.php/revistaEF/article/view/51180/51567 https://revistas.unc.edu.ar/index.php/revistaEF/article/view/51180/51568 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 |
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O presente artigo se propõe a interpretar o “Experimento da Agulha Magnética” do filósofo natural Hans Christian Ørsted (1777 – 1851), a partir da epistemologia de Ludwik Fleck (1896 – 1961), investigando seus resultados e sua recepção por outros filósofos naturais de seu tempo. Pretende-se revisitar a interpretação dos fenômenos observados e apresentados por Ørsted e verificar outras interpretações produzidas por André-Marie Ampère (1775-1836) e Jean-Baptiste Biot (1774-1862). Entendemos que quando Ørsted estava definindo suas ações e interpretações ele baseou-se em princípios filosóficos da Naturphilosophie, corrente filosófica fundada por Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling (1776 – 1810), que considerava que todos os fenômenos possuem uma origem única. Entendemos também que Ampère e Biot definiram suas ações e interpretações a partir de outras correntes filosóficas, como o pensamento newtoniano e a escola laplaciana, respectivamente. A partir dessa revisão bibliográfica, propomos uma interpretação do episódio denominado como “descoberta do eletromagnetismo” utilizando a epistemologia comparada de Fleck, médico polonês que produziu uma obra extensa sobre a construção de fatos científicos estruturada sobre o conceito de estilo de pensamento. Assim, esboçamos uma visão comparativa entre algumas das diferentes interpretações do experimento de Ørsted considerando que várias delas foram produzidas por diferentes coletivos de pensamento |
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