IlhaMuseu: O museu do litoral norte de São Paulo
O presente artigo apresenta o processo participativo implementado pela equipe UNESCO Brasil na criação da IlhaMuseu. O projeto da IlhaMuseu é resultado de um acordo de cooperação técnica entre a UNESCO e a Fundação para a Conservação e a Produção Florestal (Fundação Florestal), vinculada ao Governo...
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O presente artigo apresenta o processo participativo implementado pela equipe UNESCO Brasil na criação da IlhaMuseu. O projeto da IlhaMuseu é resultado de um acordo de cooperação técnica entre a UNESCO e a Fundação para a Conservação e a Produção Florestal (Fundação Florestal), vinculada ao Governo do Estado de São Paulo, promovido pelo Ministério Público do Estado de São Paulo com o objetivo de criar um museu voltado à valorização do patrimônio cultural e natural do Litoral Norte de SP e às relações e práticas sustentáveis dos povos tradicionais — indígenas, quilombolas e caiçaras — das cidades de Ilhabela, São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba. A UNESCO tem desenvolvido estratégias de aproximação e de estímulo à participação social. O primeiro passo foram as Jornadas Participativas, realizadas nas quatro cidades da região. O segundo foram as sessões de escutas sociais diretamente nas comunidades tradicionais, com visitas da equipe do projeto às aldeias indígenas, quilombos e ranchos caiçaras, onde foram realizadas rodas de conversas com lideranças comunitárias e moradores desses territórios. E o terceiro, o Ciclo de Oficinas Território–Patrimônio– Comunidade do Litoral Norte, que teve como objetivo envolver as comunidades tradicionais da região na definição dos conteúdos e da sua expografia, musealizar memórias e culturas dessas comunidades e as suas relações com a biodiversidade da região. Está claro, portanto, que este processo participativo de consulta aos povos tradicionais do litoral norte de São Paulo, é uma ação necessária e um caminho incontornável para a efetiva implantação e institucionalização da IlhaMuseu no território. |
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O projeto da IlhaMuseu é resultado de um acordo de cooperação técnica entre a UNESCO e a Fundação para a Conservação e a Produção Florestal (Fundação Florestal), vinculada ao Governo do Estado de São Paulo, promovido pelo Ministério Público do Estado de São Paulo com o objetivo de criar um museu voltado à valorização do patrimônio cultural e natural do Litoral Norte de SP e às relações e práticas sustentáveis dos povos tradicionais — indígenas, quilombolas e caiçaras — das cidades de Ilhabela, São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba. A UNESCO tem desenvolvido estratégias de aproximação e de estímulo à participação social. O primeiro passo foram as Jornadas Participativas, realizadas nas quatro cidades da região. O segundo foram as sessões de escutas sociais diretamente nas comunidades tradicionais, com visitas da equipe do projeto às aldeias indígenas, quilombos e ranchos caiçaras, onde foram realizadas rodas de conversas com lideranças comunitárias e moradores desses territórios. E o terceiro, o Ciclo de Oficinas Território–Patrimônio– Comunidade do Litoral Norte, que teve como objetivo envolver as comunidades tradicionais da região na definição dos conteúdos e da sua expografia, musealizar memórias e culturas dessas comunidades e as suas relações com a biodiversidade da região. Está claro, portanto, que este processo participativo de consulta aos povos tradicionais do litoral norte de São Paulo, é uma ação necessária e um caminho incontornável para a efetiva implantação e institucionalização da IlhaMuseu no território. This article presents the participatory process implemented by the UNESCO Brazil in the creation of IlhaMuseu. The IlhaMuseu project is the result of a technical cooperation agreement between UNESCO and the Foundation for Conservation and Forest Production (Fundação Florestal), linked to the Government of the State of São Paulo, promoted by the São Paulo State Prosecutor’s Office with the objective of creating a museum aimed at valuing the cultural and natural heritage of the North Coast of São Paulo and the sustainable relationships and practices of traditional peoples — indigenous, quilombolas and caiçaras — inhabitants of the cities of Ilhabela, São Sebastião, Caraguatatuba and Ubatuba. UNESCO has developed strategies to approach and encourage social participation. The first step was the Participatory Journeys, held in four cities in the region. The second was social listening sessions, held directly in traditional communities, with visits by the project team to indigenous villages, quilombos and caiçara ranches, where conversations were held with community leaders and residents of these territories. And the third, the Territory–Heritage-Community Workshop Cycle, which aimed to involve the region's traditional communities in defining the contents and their expography, musealizing memories and cultures of these communities and their relationships with the biodiversity of the region. It is clear, therefore, that this participatory process of consultation with the traditional peoples of the north coast of São Paulo is a necessary action and an unavoidable path towards the effective implementation and institutionalization of IlhaMuseu in the territory. Este artículo presenta el proceso participativo implementado por el equipo de UNESCO Brasil en la creación de la IlhaMuseu. El proyecto IlhaMuseu es el resultado de un acuerdo de cooperación técnica entre la UNESCO y la Fundación para la Conservación y la Producción Forestal (Fundação Florestal), vinculada al Gobierno del Estado de São Paulo, impulsado por el Ministerio Público del Estado de São Paulo con el objetivo de crear un museo destinado a valorar el patrimonio cultural y natural de la Costa Norte de São Paulo y las relaciones y prácticas sostenibles de los pueblos tradicionales – indígenas, quilombolas y caiçaras – de las ciudades de Ilhabela, São Sebastião, Caraguatatuba y Ubatuba. La UNESCO ha desarrollado estrategias para abordar y fomentar la participación social. El primer paso fueron las Jornadas Participativas, realizadas en las cuatro ciudades de la región. El segundo fue las sesiones de escucha social directamente en las comunidades tradicionales, con visitas del equipo del proyecto a aldeas indígenas, quilombos y estancias caiçaras, donde se sostuvieron conversaciones con líderes comunitarios y habitantes de estos territorios. Y el tercero, el Ciclo de Talleres Territorio-Patrimonio-Comunidad, que tuvo como objetivo involucrar a las comunidades tradicionales de la región en la definición de los contenidos y su expografía, musealizando las memorias y culturas de estas comunidades y sus relaciones con la biodiversidad de la región. Es claro, por tanto, que este proceso participativo de consulta con los pueblos tradicionales de la costa norte de São Paulo es una acción necesaria y un camino ineludible hacia la efectiva implementación y institucionalización de la IlhaMuseu en el territorio. CIECS-CONICET-UNC 2025-03-10 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf text/html https://revistas.unc.edu.ar/index.php/EducaMuseo/article/view/48335 EducaMuseo; Vol. 4 (2025); 1-13 2953-4283 por spa https://revistas.unc.edu.ar/index.php/EducaMuseo/article/view/48335/48578 https://revistas.unc.edu.ar/index.php/EducaMuseo/article/view/48335/48971 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 |