Construction of political ridicule

Em outubro de 2022, realizaram-se, em dois turnos, as eleições para presidente do Brasil. Em contexto de polarização política (KAKUTANI, 2018; KLEIN, 2021), os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Luís Inácio Lula da Silva (PT) disputaram o cargo em campanha que culminou com a vitória de Lula, represent...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Rodrigues Muniz, Cellina
Formato: Artículo revista
Lenguaje:Portugués
Publicado: Instituto de Lingüística. Facultad de Filosofía y Letras. Universidad de Buenos Aires 2023
Materias:
Acceso en línea:http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/sys/article/view/12793
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Descripción
Sumario:Em outubro de 2022, realizaram-se, em dois turnos, as eleições para presidente do Brasil. Em contexto de polarização política (KAKUTANI, 2018; KLEIN, 2021), os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Luís Inácio Lula da Silva (PT) disputaram o cargo em campanha que culminou com a vitória de Lula, representante da ala partidária e ideológica à esquerda, oposição ao governo de extrema-direita de Bolsonaro. Com a derrota, apoiadores de Bolsonaro, organizaram-se em atos que questionavam o resultado do pleito e exigiam anulação das eleições, acampando diante de quartéis das Forças Armadas. Surgem então textos humorísticos rebaixando esses atos e seus manifestantes, explorando aquilo que a filósofa Marcia Tiburi (2017) designa como ridículo político. São analisados três textos os quais, por meio de diferentes procedimentos humorísticos (POSSENTI, 1998), ilustram como suas cenografias enunciativas (MAINGUENEAU, 2006) apelam para um riso de zombaria (PROPP, 1992), principal elemento dessa construção discursiva do ridículo.