À luz de Bloch: a presença da utopia na literatura brasileira contemporânea

É consenso entre os pesquisadores da arte e cultura pós-moderna que a utopiaenfrenta o seu esmaecimento. Em A Política da Utopia, Jameson, por exemplo,pondera que “a pós-modernidade está paradoxalmente entrelaçada à perda daquelelugar além de toda história (ou depois do seu final) que chamamos de ut...

Descripción completa

Guardado en:
Detalles Bibliográficos
Autor principal: Beretta, Laysa
Formato: Artículo revista
Lenguaje:Español
Publicado: Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Buenos Aires 2024
Acceso en línea:http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/interlitteras/article/view/16452
Aporte de:
id I28-R257-article-16452
record_format ojs
spelling I28-R257-article-164522025-10-04T15:01:29Z À luz de Bloch: a presença da utopia na literatura brasileira contemporânea Beretta, Laysa É consenso entre os pesquisadores da arte e cultura pós-moderna que a utopiaenfrenta o seu esmaecimento. Em A Política da Utopia, Jameson, por exemplo,pondera que “a pós-modernidade está paradoxalmente entrelaçada à perda daquelelugar além de toda história (ou depois do seu final) que chamamos de utopia”(Jameson, 2006, p. 160). No Brasil e entre os pesquisadores que se concentram naliteratura brasileira contemporânea, o consenso persiste. Beatriz Rezende, ao refletirsobre a produção da atualidade em Contemporâneos: expressões da literaturabrasileira no século XXI (2008), afirma tratar-se de um “momento de descrença nasutopias que remetiam ao futuro, tão ao gosto modernista, e de certo sentidointangível de distância em relação ao passado” (Resende, 2008, p. 27). Assim efrente ao discurso uníssono de que a literatura estaria contaminada pelo Zeitgeist dacrise das ideologias, volto-me para o século presente, para os argumentos queestruturam a ausência posta e para as contribuições de Ernst Bloch em O PrincípioEsperança (1954-1959). Com isso, pretendo não apenas indicar a presença dautopia, mas propor a sua consanguinidade com os principais traços da literaturabrasileira contemporânea. Para tanto, analiso o romance Quarenta Dias (2014), deMaria Valéria Rezende. Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Buenos Aires 2024-12-13 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/interlitteras/article/view/16452 10.34096/interlitteras.n6.16452 Inter Litteras; Núm. 6 (2024) 2683-9695 0328-8935 spa http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/interlitteras/article/view/16452/14494
institution Universidad de Buenos Aires
institution_str I-28
repository_str R-257
container_title_str Inter Litteras
language Español
format Artículo revista
author Beretta, Laysa
spellingShingle Beretta, Laysa
À luz de Bloch: a presença da utopia na literatura brasileira contemporânea
author_facet Beretta, Laysa
author_sort Beretta, Laysa
title À luz de Bloch: a presença da utopia na literatura brasileira contemporânea
title_short À luz de Bloch: a presença da utopia na literatura brasileira contemporânea
title_full À luz de Bloch: a presença da utopia na literatura brasileira contemporânea
title_fullStr À luz de Bloch: a presença da utopia na literatura brasileira contemporânea
title_full_unstemmed À luz de Bloch: a presença da utopia na literatura brasileira contemporânea
title_sort à luz de bloch: a presença da utopia na literatura brasileira contemporânea
description É consenso entre os pesquisadores da arte e cultura pós-moderna que a utopiaenfrenta o seu esmaecimento. Em A Política da Utopia, Jameson, por exemplo,pondera que “a pós-modernidade está paradoxalmente entrelaçada à perda daquelelugar além de toda história (ou depois do seu final) que chamamos de utopia”(Jameson, 2006, p. 160). No Brasil e entre os pesquisadores que se concentram naliteratura brasileira contemporânea, o consenso persiste. Beatriz Rezende, ao refletirsobre a produção da atualidade em Contemporâneos: expressões da literaturabrasileira no século XXI (2008), afirma tratar-se de um “momento de descrença nasutopias que remetiam ao futuro, tão ao gosto modernista, e de certo sentidointangível de distância em relação ao passado” (Resende, 2008, p. 27). Assim efrente ao discurso uníssono de que a literatura estaria contaminada pelo Zeitgeist dacrise das ideologias, volto-me para o século presente, para os argumentos queestruturam a ausência posta e para as contribuições de Ernst Bloch em O PrincípioEsperança (1954-1959). Com isso, pretendo não apenas indicar a presença dautopia, mas propor a sua consanguinidade com os principais traços da literaturabrasileira contemporânea. Para tanto, analiso o romance Quarenta Dias (2014), deMaria Valéria Rezende.
publisher Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Buenos Aires
publishDate 2024
url http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/interlitteras/article/view/16452
work_keys_str_mv AT berettalaysa aluzdeblochapresencadautopianaliteraturabrasileiracontemporanea
first_indexed 2025-05-13T06:06:56Z
last_indexed 2025-10-13T05:38:30Z
_version_ 1845843890291081216