A poética de Manoel de Barros: uma excursão pelo chão do Pantanal

António Lobo Antunes viveu em Angola, prestando serviço militar obrigatório de 1971 a 1973, no processo de descolonização daquele país de jugo português, tomando conhecimento sobre as situações e os fatos escabrosos. A psiquiatria, profissão que exerceu até há pouco tempo, também o auxilia como font...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Ana María dos Anjos Martins Barbosa
Formato: Trabajo revisado (Peer-reviewed)
Lenguaje:Portugués
Publicado: Congreso Internacional de Letras 2018
Acceso en línea:http://eventosacademicos.filo.uba.ar/index.php/CIL/IV-2010/paper/view/2760
https://repositoriouba.sisbi.uba.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=cil&d=2760_oai
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Sumario:António Lobo Antunes viveu em Angola, prestando serviço militar obrigatório de 1971 a 1973, no processo de descolonização daquele país de jugo português, tomando conhecimento sobre as situações e os fatos escabrosos. A psiquiatria, profissão que exerceu até há pouco tempo, também o auxilia como fonte de onde retira o substrato para o aprofundamento na alma portuguesa, marco de sua obra literária. Em O Esplendor de Portugal e em A Ordem Natural das Coisas, Antunes se vale de elementos estéticos, como a desconstrução da narrativa, a representação da comunicação interrompida e a repetição alucinatória dos fatos para traduzir a agonia, a dor e o medo do trauma das personagens em cena. Ao se valer desses elementos estéticos para apresentar, por meio dos testemunhos, suas personagens, António Lobo Antunes propõe-nos uma reflexão, baseada na ironia, no horror e no humor, a respeito da natureza humana. Proponho neste trabalho uma leitura dessas obras de Lobo Antunes a partir das perspectivas de teóricos que tratam da feiúra no plano das artes, como Umberto Eco; da violência na literatura, como Ronaldo Lima Lins; da memória e do testemunho, como Márcio Seligmann-Silva; e do gosto do ser humano pela dor alheia, como Susan Sontag.