O trágico no romance: uma leitura de Anna Kariênina
Lukács, na esteira de Hegel, afirma que o romance se constitui como manifestação épica da sociedade burguesa. Não se trata de uma reprodução da epopeia clássica, pois esta é expressão artística de um período que não se caracteriza, como a Europa Ocidental da Idade Moderna, pela cisão entre eu e mund...
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| Autor principal: | |
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| Formato: | Trabajo revisado (Peer-reviewed) |
| Lenguaje: | Portugués |
| Publicado: |
Congreso Internacional de Letras
2018
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| Acceso en línea: | http://eventosacademicos.filo.uba.ar/index.php/CIL/VI-2014/paper/view/2045 https://repositoriouba.sisbi.uba.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=cil&d=2045_oai |
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| Sumario: | Lukács, na esteira de Hegel, afirma que o romance se constitui como manifestação épica da sociedade burguesa. Não se trata de uma reprodução da epopeia clássica, pois esta é expressão artística de um período que não se caracteriza, como a Europa Ocidental da Idade Moderna, pela cisão entre eu e mundo. Portanto, o romance, epopeia da sociedade burguesa, é o desvelamento dessa cisão, a anatomia da problematização inerente ao conceito de individualidade. Partindo de uma visão semelhante do romance, podemos nos remeter ao conceito de trágico proposto, inicialmente, por Schiller e sistematizado pelo filósofo idealista Friedrich Schelling: o processo trágico se compõe a partir do conflito entre indivíduo e uma força objetiva, ou seja, entre eu e mundo. Por isso, dentro da amplitude do romance, é possível considerar sua forma também como uma manifestação trágica, o que pretendemos fazer neste trabalho, tomando o romance Anna Kariênina, de Tolstói, como exemplo. |
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