A aquisição das vogais pretônicas em português brasileiro

O artigo discute a aquisição de vogais pretônicas em português brasileiro, por 3 crianças monolíngues adquirindo o dialeto paulista, com idade entre 1;4 e 3;5, e sua relação com a aquisição das vogais no ambiente tônico. Com base em Miranda (2013), partimos do pressuposto de que a aquisição das voga...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Graziela Pigatto Bohn, Bolsa de Doutorado CAPES Proex (Departamento de Linguística/FFLCH-USP) e bolsa PDSE/CAPES na Universidade de Toronto, Canada no. 14506/13-0, Raquel Santana Santos, Bolsa Produtividade CNPq no. 305524/2012-7), Bohn, Graziela Pigatto, Santos, Raquel Santana
Formato: Artículo publishedVersion
Lenguaje:Portugués
Inglés
Publicado: ALFA: Revista de Linguística 2018
Materias:
Acceso en línea:https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/9646
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-048&d=article9646oai
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Descripción
Sumario:O artigo discute a aquisição de vogais pretônicas em português brasileiro, por 3 crianças monolíngues adquirindo o dialeto paulista, com idade entre 1;4 e 3;5, e sua relação com a aquisição das vogais no ambiente tônico. Com base em Miranda (2013), partimos do pressuposto de que a aquisição das vogais pretônicas está sujeita à instabilidade desse subsistema, e, portanto, segmentos afetados por processos fonológicos seriam adquiridos mais tardiamente nessa posição. As produções mostram que as vogais altas pretônicas são adquiridas em contraste com as vogais médias, (/i,o/ e /e,u/), sendo a pretônica /o/ adquirida antes de /e/. Analisamos nossos resultados à luz da Hierarquia Contrastiva de Traços (DRESHER, 2009), para a qual a representação lexical dos segmentos é específica de cada língua, trazendo somente os traços contrastivos e ativos em processos fonológicos naquele sistema, e propomos que a aquisição da pauta pretônica é regida por um Princípio de Contraste Máximo: devido a instabilidade dessa posição, os segmentos devem ser maximamente contrastivos, ou seja, por ponto e altura vocálica. A pretônica /e/, por ser a mais instável (cf. CALLOU; MORAES; LEITE, 2002, VIEGAS, 2001 e YACOVENCO, 1993), é a última a ser adquirida, trazendo consigo a pretônica /u/.