Um caso nada exemplar: O Preceptor, de Bertolt Brecht
Neste texto examinamos o modo como Bertolt Brecht, em seu teatro dialético, adapta a peça O preceptor de Jacob Michael Reinhold Lenz (1751-1792). Tanto a comédia de Lenz quanto a parábola teatral de Brecht têm por base o percurso social do jovem mestre Läuffer em sua busca por reconhecimento profiss...
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| Autor principal: | |
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| Formato: | Artículo publishedVersion |
| Lenguaje: | Portugués |
| Publicado: |
ITINERÁRIOS – Revue de Littérature
2015
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| Materias: | |
| Acceso en línea: | http://seer.fclar.unesp.br/itinerarios/article/view/7589 http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-048&d=article7589oai |
| Aporte de: |
| Sumario: | Neste texto examinamos o modo como Bertolt Brecht, em seu teatro dialético, adapta a peça O preceptor de Jacob Michael Reinhold Lenz (1751-1792). Tanto a comédia de Lenz quanto a parábola teatral de Brecht têm por base o percurso social do jovem mestre Läuffer em sua busca por reconhecimento profissional no âmbito da docência. Esse reconhecimento só chega quando o jovem preceptor castra-se tanto no sentido físico quanto moral, estético e profissional. A parábola teatral de Brecht como tal apresenta prólogo e epílogo e, por meio desses enunciados, atualiza a comédia de Lenz, atribuindo-lhe um sentido de crítica à alienação e subserviência geradas pelos processos de dominação sociopolítica expressa por discursos autoritários. Veremos de que forma, do caso trazido à cena como exemplum, que gira em torno do percurso de um jovem em formação a quem se atribui a tarefa e a competência de formar outros à sua imagem e semelhança, se constrói uma outra cena subjacente, a de um povo e seus percalços históricos. |
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