Os mesmos e os outros de José de Anchieta
José de Anchieta, canonizado pelo papa Francisco em abril de 2014, uma das figuras fulcrais da primeira colonização do Brasil, teve no século XX uma recepção extremamente contraditória. Na tentativa de encontrar um enfoque mobilizador de uma interpretação do jesuíta que fuja aos impasses atuais, par...
Guardado en:
| Autor principal: | |
|---|---|
| Formato: | Artículo publishedVersion |
| Lenguaje: | Portugués |
| Publicado: |
ITINERÁRIOS – Revue de Littérature
2014
|
| Materias: | |
| Acceso en línea: | http://seer.fclar.unesp.br/itinerarios/article/view/7222 http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-048&d=article7222oai |
| Aporte de: |
| Sumario: | José de Anchieta, canonizado pelo papa Francisco em abril de 2014, uma das figuras fulcrais da primeira colonização do Brasil, teve no século XX uma recepção extremamente contraditória. Na tentativa de encontrar um enfoque mobilizador de uma interpretação do jesuíta que fuja aos impasses atuais, partimos do conceito de experiência, concretamente a experiência interna de Deus, de acordo com os ensinamentos de Inácio de Loyola, a experiência da “união da mente e do coração”, apoiada nas cartas jesuíticas, a experiência do encontro das culturas enquanto via persuasiva e a experiência a reboque das ideologias enquanto via conflituosa. Na segunda parte do artigo, para exemplificar as possibilidades do enfoque sugerido, analisamos o reflexo da experiência do encontro das culturas no auto Na festa de São Lourenço. Procurando apontar as razões para o número invulgar de leituras e desleituras, examinamos aspectos poéticos, teológicos, políticos e culturais que contribuíram para que o missionário quinhentista se tenha tornado, no pensamento de leitores modernos, um Outro mais outro que o nosso Outro costumeiro: o habitante indígena do Novo Mundo. |
|---|