O pensamento selvagem e a psicologia infantil: novas abordagens a partir do diálogo de Caude Lévi-Strauss e Maurice Merleau-Ponty
As noções de “lógico”, “não-lógico” e “pré-lógico” supõem um entendimento a respeito do que é a racionalidade ou dos critérios que permitem afi rmar o que é racionalmente inteligível. A etnologia e a fenomenologia, tendo em vista o diálogo de Claude Lévi-Strauss e Maurice Merleau-Ponty, têm em comum...
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| Autor principal: | |
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| Formato: | Artículo publishedVersion Artigo Avaliado pelos Pares |
| Lenguaje: | Portugués |
| Publicado: |
Revista Sem Aspas
2012
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| Materias: | |
| Acceso en línea: | https://periodicos.fclar.unesp.br/semaspas/article/view/6977 http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-048&d=article6977oai |
| Aporte de: |
| Sumario: | As noções de “lógico”, “não-lógico” e “pré-lógico” supõem um entendimento a respeito do que é a racionalidade ou dos critérios que permitem afi rmar o que é racionalmente inteligível. A etnologia e a fenomenologia, tendo em vista o diálogo de Claude Lévi-Strauss e Maurice Merleau-Ponty, têm em comum o alargamento da noção de “racional” ou de “razão” na medida em que ambos tornam inteligíveis determinados procedimentos lógicos antes não apreensíveis em si mesmos. Enquanto Claude Lévi-Strauss afi rma não existir o pensamento do selvagem, mas somente um pensamento selvagem, ou seja, um modo de conhecimento mais próximo à percepção e à imaginação e que opera segundo a lógica do concreto, noutro sentido, Maurice Merleau-Ponty se vale de seus trabalhos, a respeito da percepção e do desenvolvimento de uma ontologia do sensível, para contestar a afi rmação de que as crianças possuem pensamento pré-lógico, quando avaliadas segundo o critério de “representação”. Os dois autores apresentam, portanto, a percepção como fundamento para afi rmação, seja do pensamento selvagem ou da psicologia infantil, e convergem na localização do espaço das artes quanto à possibilidade de aprender a ver o mundo diferentemente na cultura ocidental. |
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