Jogando (com) o poder no campo da saúde mental
O objetivo deste artigo é descrever como o poder é jogado dentro de um determinado campo da saúde mental comunitária na Itália e como esse jogo pode ser reconstruído etnograficamente. Através da participação direta de vários pacientes e profissionais nas atividades terapêuticas e de reabilitação, pr...
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| Autor principal: | |
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| Formato: | Artículo publishedVersion |
| Lenguaje: | Portugués |
| Publicado: |
Universidade Estadual Paulista / UNESP
2014
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| Materias: | |
| Acceso en línea: | http://seer.fclar.unesp.br/perspectivas/article/view/6619 http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-048&d=article6619oai |
| Aporte de: |
| Sumario: | O objetivo deste artigo é descrever como o poder é jogado dentro de um determinado campo da saúde mental comunitária na Itália e como esse jogo pode ser reconstruído etnograficamente. Através da participação direta de vários pacientes e profissionais nas atividades terapêuticas e de reabilitação, promovidas pela equipe psiquiátrica de um centro de saúde mental da Região da Úmbria, é possível analisar como se articulam, em algumas circunstâncias, significativos aspectos da agentividade individual e coletiva dentro de específicas “relações de poder”. Especial atenção é dada ao corpo e seus movimentos durante partidas de futebol jogadas semanalmente por um grupo de usuários e profissionais. Nessa atividade de reabilitação, conflitos e processos de negociação, que são o foco de reflexão para pacientes e profissionais, permitem explorar os relacionamentos entre ação social, projetos terapêuticos e práticas emergentes. Evidencia também o papel desempenhado por algumas contradições estruturais na definição das políticas de saúde mental comunitárias atuais. Finalmente, o artigo mostra como os processos de incorporação têm um impacto significativo na redefinição política do campo da psiquiatria, na construção social da “doença mental” e nas possibilidades de reconhecimento mútuo entre todos os atores “envolvidos no jogo”, incluindo o etnógrafo. |
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