A RELAÇÃO POLÊMICA ENTRE OS CONCEITOS DE SOLIDARIEDADE E COMPETITIVIDADE NA PRÁTICA DISCURSIVA SOBRE A RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL

Este artigo investiga as relações polêmicas (MAINGUENEAU, 1997; 2008) que constituem o discurso da responsabilidade social empresarial (RSE), reproduzidas na prática discursiva pedagógica conduzida nos manuais “Responsabilidade Social Empresarial para Micro e Pequenas Empresas – Passo a Passo” e “In...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Miranda de Queiroz, Laura Daniela; UFPA- Universidade Federal do Pará, da Costa Pessoa, Fátima Cristina; UFPA- Universidade Federal do Pará
Formato: Artículo publishedVersion
Lenguaje:Portugués
Publicado: CASA: Cadernos de Semiótica Aplicada 2014
Materias:
Acceso en línea:http://seer.fclar.unesp.br/casa/article/view/6549
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-048&d=article6549oai
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Sumario:Este artigo investiga as relações polêmicas (MAINGUENEAU, 1997; 2008) que constituem o discurso da responsabilidade social empresarial (RSE), reproduzidas na prática discursiva pedagógica conduzida nos manuais “Responsabilidade Social Empresarial para Micro e Pequenas Empresas – Passo a Passo” e “Indicadores Ethos–Sebrae de Responsabilidade Social Empresarial para Micro e Pequenas Empresas”. Trata-se de manuais elaborados pelo Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e Empresarial com a finalidade de orientar micro e pequenos empresários a alinharem sua forma de gestão ao contexto da RSE. Parte-se da hipótese de que o entrelaçamento de formações discursivas conflitantes nesse espaço discursivo efetiva-se pela construção de um simulacro da noção de solidariedade, que passa a servir ao discurso da competitividade entre empresas. Entende-se que o discurso da RSE produz uma cena enunciativa de equidade social, de ética nas relações de trabalho, de transparência na gestão das empresas, de uma postura dialógica entre os sujeitos que dividem o espaço de trabalho, que, no entanto, se apresenta como um mecanismo de conformação dos sujeitos exteriores à comunidade discursiva empresarial para que as condições de produção e de lucratividade das corporações não sejam ameaçadas.