Concepções sobre escola e gênero na perspectiva de crianças abrigadas

A escola e a família são contextos fundamentais para a formação de conceitos na infância e poucos estudos são realizados a partir do relato de crianças quando essas vivem em casa-abrigo. O objetivo deste estudo foi investigar que concepções as crianças em situação de abrigamento apresentam sobre esc...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Maia, Ana Cláudia Bortolozzi; Universidade Estadual Paulista- Bauru – SP – Brasil. 17033-360, Orti, Natália Pinheiro; Mestranda em Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem. UNESP – Universidade Estadual Paulista. Bauru – SP – Brasil. 17033-360, Souza, Vivian Bonani de; Mestranda em Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem. UNESP – Universidade Estadual Paulista. Bauru – SP – Brasil. 17033-360
Formato: Artículo publishedVersion
Lenguaje:Portugués
Publicado: Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação 2014
Acceso en línea:http://seer.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/6539
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-048&d=article6539oai
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Sumario:A escola e a família são contextos fundamentais para a formação de conceitos na infância e poucos estudos são realizados a partir do relato de crianças quando essas vivem em casa-abrigo. O objetivo deste estudo foi investigar que concepções as crianças em situação de abrigamento apresentam sobre escola e gênero. Participaram 22 crianças, de ambos os sexos, entre 4 e 6 anos, que responderam a uma entrevista com questões abertas para a análise de conteúdo. Para essas crianças, a escola foi associada a um espaço de oportunidade de estudo, favorável a elas mesmas, ainda que por necessidade ou obrigação e, eventualmente, com a presença de conflitos. O gênero foi percebido a partir de aspectos biológicos e psicossociais e as crianças atribuem sua identidade de gênero ao destino, à aprendizagem e às vantagens sociais. As crianças sentem-se pertencentes a um gênero de modo positivo, embora para isso atribuam desvantagens ao gênero oposto, relacionando o sexo masculino à agressividade e à violência. As crianças reproduzem alguns padrões e características sociais de gênero que, provavelmente, foram aprendidas em diferentes contextos. Conclui-se que estudos nessa área são importantes para desvelar as concepções na infância sobre a escola e a sexualidade, suas funções e representações, especialmente quando as crianças vivem em um contexto com características bem específicas como o abrigamento.