O bairro goutte d’or, 30 de julho de 1955: uma revolta no centro da métropole colonial
Geralmente a revolta urbana é analisada em associação à história dos bairros da periferia e dos conjuntos habitacionais populares. Inseri-la em uma história da centralidade migratória em Paris permite revelar outras continuidades e gêneses. Assim, o estudo da revolta que ocorreu dia 30 de julho de 1...
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| Autor principal: | |
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| Formato: | Artículo publishedVersion |
| Lenguaje: | Portugués |
| Publicado: |
Estudos de Sociologia
2013
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| Materias: | |
| Acceso en línea: | http://seer.fclar.unesp.br/estudos/article/view/6465 http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-048&d=article6465oai |
| Aporte de: |
| Sumario: | Geralmente a revolta urbana é analisada em associação à história dos bairros da periferia e dos conjuntos habitacionais populares. Inseri-la em uma história da centralidade migratória em Paris permite revelar outras continuidades e gêneses. Assim, o estudo da revolta que ocorreu dia 30 de julho de 1955, na Goutte d’Or (Paris XVIII˚), bairro marcado por uma grande visibilidade dos franceses muçulmanos da Argélia, possibilita-nos romper com o viés de historicizar espacialmente as violências urbanas. No cruzamento de várias tradições de mobilização (movimento operário, resistências populares às instâncias disciplinares, lutas anticolonialistas), atualizou-se um modo de ação durante as revoltas, cujos elementos podem, em grande parte, observar-se nos eventos sucedidos entre 1970 e hoje. Esta análise ressalta que, mais do que as divisões geográficas, são os discursos públicos e os dispositivos policiais que constroem os espaços onde a revolta aparece como uma resposta à dominação política e social. |
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