Entre exterior e interior: O Corvo entre versos e quadrinhos

O poema O Corvo, de Edgar Allan Poe (1965a), apresenta a conversa entre um homem, em luto por sua amada Lenore, e um corvo que invade seu quarto em uma noite de inverno. As perguntas do eu lírico ao pássaro do mau agouro são sempre respondidas com a palavra nevermore (nunca mais), o que acaba por in...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Nascimento, Elisa Prado; UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro-Oeste. Departamento de Letras. Guarapuava, PR – Brasil.
Formato: Artículo publishedVersion
Lenguaje:Portugués
Publicado: Revista de Letras 2015
Materias:
Acceso en línea:http://seer.fclar.unesp.br/letras/article/view/6361
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-048&d=article6361oai
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Descripción
Sumario:O poema O Corvo, de Edgar Allan Poe (1965a), apresenta a conversa entre um homem, em luto por sua amada Lenore, e um corvo que invade seu quarto em uma noite de inverno. As perguntas do eu lírico ao pássaro do mau agouro são sempre respondidas com a palavra nevermore (nunca mais), o que acaba por intensificar sua angústia ao encarar o fato de que nunca mais verá sua amada. Assim como o corvo nunca mais deixará seus aposentos, sua tristeza nunca mais deixará seu coração. De acordo com Poe, o corvo simboliza o estado de alma do eu lírico. Ao mesmo tempo, esse estado de alma se desenvolve no diálogo entre o eu lírico e o corvo, entre sua intimidade e um elemento de fora, que invade seu quarto. O presente artigo tem por objetivo investigar essa relação dialética entre interior e exterior no poema de Poe, bem como em uma adaptação dele para histórias em quadrinhos, realizada por Luciano Irrthum (2001). Essa investigação tomará como base as considerações de Bachelard (1993), expostas em A Poética do Espaço.