A performance narrativa de uma blogueira: "tornando-se preta em um segundo nascimento"
A web 2.0 propicia aos sujeitos sociais a possibilidade de contar suas histórias assim como de vê-las discutidas em novas formas de interação. Este artigo almeja apresentar os posicionamentos interacionais que constroem a performance narrativa de co-construção de raça de uma mulher negra no blog “Eu...
Guardado en:
| Autores principales: | , , |
|---|---|
| Formato: | Artículo publishedVersion |
| Lenguaje: | Portugués |
| Publicado: |
ALFA: Revista de Linguística
2014
|
| Materias: | |
| Acceso en línea: | https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/6009 http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-048&d=article6009oai |
| Aporte de: |
| Sumario: | A web 2.0 propicia aos sujeitos sociais a possibilidade de contar suas histórias assim como de vê-las discutidas em novas formas de interação. Este artigo almeja apresentar os posicionamentos interacionais que constroem a performance narrativa de co-construção de raça de uma mulher negra no blog “Eu, Mulher Preta”. O estudo se ampara nos aportes teóricos dos novos letramentos digitais, na concepção de raça proposta pelas Teorias Queer e na teorização de narrativa como performance. Para analisar a narrativa da blogueira como performance, o quadro analítico se ancora no construto de posicionamento interacional e nas pistas que marcam tal posicionamento na encenação da performance. Os resultados indicam que a narradora se posiciona interacionalmente como mulher preta. Identificamos, porém, um posicionamento interacional anterior ao renascimento como negra: o de mulher “branc[a] meio suj[a]”. Observamos ainda que tais posicionamentos refletem duas performances discursivas conflitantes, uma que se aproxima e valoriza a negritude e outra que se distancia de sua origem. Esta investigação, baseando-se nas Teorias Queer, possibilita, também, tratar a questão racial como um traço performativo, colocando-a ao lado de gênero e sexualidade. |
|---|