A historicidade da (e)migração internacional haitiana. O Brasil como novo espaço migratório

Desde a fundação do Haiti como colônia francesa, a mobilidade e a migração – mesmo tendo sido forçada – estiveram presentes com a vinda dos milhares de escravizados africanos através do comércio transatlântico. Este trabalho considera um novo espaço (trans)nacional da mobilidade haitiana, isto é, o...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Joseph, Handerson
Formato: Artículo publishedVersion Artigo Avaliado pelos Pares
Lenguaje:Portugués
Publicado: OBMigra, Departamento de Estudos Latino-Americanos, Universidade de Brasília 2018
Acceso en línea:http://periodicos.unb.br/index.php/obmigra_periplos/article/view/5866
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-005&d=article5866oai
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Sumario:Desde a fundação do Haiti como colônia francesa, a mobilidade e a migração – mesmo tendo sido forçada – estiveram presentes com a vinda dos milhares de escravizados africanos através do comércio transatlântico. Este trabalho considera um novo espaço (trans)nacional da mobilidade haitiana, isto é, o Brasil. Interessa destacar, que um dos primeiros grandes fluxos da chegada de pessoas de nacionalidade haitiana ao Brasil se data em janeiro de 2010, no entanto, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há registro da presença de haitianos no país, desde a década de 19404, mesmo que seja em menor proporção do que atualmente (HANDERSON, 2015a, HANDERSON, 2015b).O texto está organizado em três eixos analíticos e metodológicos: 1) o primeiro trata de uma abordagem sucinta da historicidade da mobilidade haitiana no mundo, privilegiando os espaços (trans)nacionais, onde há uma tradição migratória de pessoas de nacionalidade haitiana desde a primeira metade do século XX5. Nessa parte, utilizo fontes históricas e a literatura acadêmica sobre as diásporas haitianas no mundo; 2) o segundo mostra a gênese de um dos primeiros grandes fluxos – em janeiro de 2010 – da chegada de haitianos ao Brasil, a partir dos dados etnográficos da minha pesquisa de tese de doutorado6; 3) o terceiro privilegia a presença haitiana em Brasília, Capital do Brasil, através dos dados da investigação realizada em 2015, pelo Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra).