Padrões estatísticos do encaixamento da mudança de se-passivo a se-indefinido na história do português

Este trabalho traz uma análise das construções tradicionalmente classificadas como passivas sintéticas, em comparação com construções passivas analíticas e outras construções com SE (inerente, reflexivo, recíproco, etc.) em textos de autores portugueses nascidos entre os séculos XVI e XIX. O objetiv...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Cavalcante, Silvia Regina de Oliveira
Formato: Artículo publishedVersion
Lenguaje:Portugués
Publicado: ALFA: Revista de Linguística 2011
Materias:
Acceso en línea:https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/4739
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-048&d=article4739oai
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Sumario:Este trabalho traz uma análise das construções tradicionalmente classificadas como passivas sintéticas, em comparação com construções passivas analíticas e outras construções com SE (inerente, reflexivo, recíproco, etc.) em textos de autores portugueses nascidos entre os séculos XVI e XIX. O objetivo principal é mostrar, através da comparação do padrão de ordem dos “sujeitos” dessas construções, a evolução da mudança linguística que afetou a posição do sujeito e pode ter afetado as construções passivas sintéticas. Segundo Galves e Paixão de Sousa (2005, 2010), o Português Clássico (séculos XVI e XVII) caracteriza-se por ser uma gramática em que a posição à esquerda do verbo é uma posição para onde se movem os constituintes topicalizados, incluindo aí os sujeitos; assim, a posição de base do sujeito é a pós-verbal. A partir do século XVIII, ocorre uma mudança em que a posição do sujeito passa a ser a pré-verbal e os elementos topicalizados ocupam a periferia à esquerda. Com base nesse quadro, este trabalho demonstra através da análise quantitativa da evolução dessas três construções ao longo do tempo que a mudança que ocorre nas construções com SE – de passivo a indefinido – pode ter sido desencadeada pela mudança na posição do sujeito.