Posição do verbo no português clássico: evidências de um sistema V2

Dentro do quadro teórico da Gramática Gerativa, um dos aspectos mais discutidos a respeito da evolução gramatical das línguas românicas é a sintaxe de posição do verbo. Em particular, muito se tem debatido se essas línguas, em estágios passados, manifestavam movimento do verbo para a periferia da se...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Antonelli, André Luis
Formato: Artículo publishedVersion
Lenguaje:Portugués
Publicado: ALFA: Revista de Linguística 2011
Materias:
Acceso en línea:https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/4738
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-048&d=article4738oai
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Sumario:Dentro do quadro teórico da Gramática Gerativa, um dos aspectos mais discutidos a respeito da evolução gramatical das línguas românicas é a sintaxe de posição do verbo. Em particular, muito se tem debatido se essas línguas, em estágios passados, manifestavam movimento do verbo para a periferia da sentença à semelhança de línguas V2 como o Alemão (ADAMS, 1987; BENINCÀ, 1984; ROBERTS, 1993; FONTANA, 1993; RIBEIRO, 1995; SALVI, 2004). Neste artigo, discutiremos a questão da sintaxe de posição do verbo em textos do Português Clássico, um período intermediário entre o Português Antigo e o Português Europeu Moderno. A partir de uma investigação em dois textos do século XVII, tomados aqui como representativos da gramática do Português Clássico, o objetivo central é mostrar que o Português dessa fase pode ser caracterizado como um sistema gramatical que instanciava de maneira sistemática movimento do verbo para C0, evidenciando, portanto, a natureza V2 dessa gramática ao menos no que concerne à sintaxe de posição do verbo.