Sobre juventude e políticas sociais: por uma história do presente

Este artigo propõe uma reflexão sobre a juventude em sua interface com a temática das políticas sociais, tentando responder à seguinte pergunta: que tipo de personalidade juvenil o processo de construção nacional – nation building – tem clamado e idealizado? Para tanto, partirei de dados etnográfico...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Carade, Hildon Oliveira Santiago; Antropologia UFBA
Formato: Artículo publishedVersion
Lenguaje:Portugués
Publicado: Ponto-e-Vírgula. Revista de Ciências Sociais. ISSN 1982-4807 2015
Materias:
Acceso en línea:http://revistas.pucsp.br/index.php/pontoevirgula/article/view/25414
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-027&d=article25414oai
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Descripción
Sumario:Este artigo propõe uma reflexão sobre a juventude em sua interface com a temática das políticas sociais, tentando responder à seguinte pergunta: que tipo de personalidade juvenil o processo de construção nacional – nation building – tem clamado e idealizado? Para tanto, partirei de dados etnográficos coletados entre 2012 e 2014, junto a adolescentes moradores dos bairros do Calabar e do Alto das Pombas (áreas favelizadas da cidade de Salvador), beneficiários do programa Up with English, uma espécie de curso de inglês financiado pelo Consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, destinado a jovens em “estado de risco” ou “vulnerabilidade social”. Entretanto, por um lado, estes jovens ocuparão o pano de fundo desta análise. A experiência deles será concatenada à trajetória de um adolescente de classe média-alta, com o objetivo de demonstrar até que ponto podemos falar da condição juvenil em termos gerais, não enfatizando sobremaneira as discrepâncias oriundas de disposições de raça e classe social. Por outro lado, em vez de sublinhar a competência da agência dos jovens, enfatizarei o domínio e os aspectos da autoridade adulta que oferecem suporte ao engajamento deles no mundo. E, por fim, especial atenção será dada à história familiar, de modo a entender as maneiras pelas quais o passado se mostra tão ou mais potente do que o presente na vida de um sujeito.