Desrealização e alegoria na representação da tortura e da morte em "Garopaba, mon amour", de Caio Fernando Abreu

No presente artigo analisamos as relações entre a alegoria, o conceito de desrealização e o tema da morte, que, articulados, constituem uma representação da tortura no conto "Garopaba, mon amour". Tema recorrente da literatura produzida na década de 1970, a violência é tomada, no conto em...

Descripción completa

Guardado en:
Detalles Bibliográficos
Autor principal: Jesus, André Luiz Gomes de
Formato: Artículo publishedVersion
Lenguaje:Portugués
Publicado: Programa de Pós-graduação em Letras 2016
Materias:
Acceso en línea:http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/terraroxa/article/view/24965
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-038&d=article24965oai
Aporte de:
Descripción
Sumario:No presente artigo analisamos as relações entre a alegoria, o conceito de desrealização e o tema da morte, que, articulados, constituem uma representação da tortura no conto "Garopaba, mon amour". Tema recorrente da literatura produzida na década de 1970, a violência é tomada, no conto em questão, como acontecimento que flagra um momento problemático da história brasileira, o contexto da ditadura militar, e, a partir da construção de uma narrativa estilhaçada/fragmentária, torna o conto um documento em que memória, trauma e vivência de choque (chokerlebnis) se articulam na constituição de um texto que pode ser lido como uma alegoria da violência.In the present paper I analyze the relationship among the allegory, the concept desrealization and the subject of the death that articulated, are a representation of the torture in the short-story "Garopaba mon amour". Recurrent subject in the 1970s literature, the violence is taking in the short-story in question, as an event that catches a troubled moment in Brazilian history – the context of the military dictatorship – and from the construction of a narrative shattered/fragmented makes the short-story a document memory, trauma and shock experience (chokerlebnis) are articulated in the constitution of a text that can be read as an violence allegory.