Libertinagem e homossexualidade em Madame Putiphar (1939), de Pétrus Borel

Pétrus Borel, figura de proa do romantismo frenético de 1830, compõe o romance Madame Putiphar (1839), com o objetivo de descortinar a corrupção e a libertinagem da corte francesa do século XVIII, durante o reinado de Luís XV, época na qual a trama se desenrola. Dentre as personagens da narrativa, a...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Lima, Fernanda Almeida
Formato: Artículo publishedVersion
Lenguaje:Portugués
Publicado: Programa de Pós-graduação em Letras 2016
Materias:
Acceso en línea:http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/terraroxa/article/view/24953
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-038&d=article24953oai
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Sumario:Pétrus Borel, figura de proa do romantismo frenético de 1830, compõe o romance Madame Putiphar (1839), com o objetivo de descortinar a corrupção e a libertinagem da corte francesa do século XVIII, durante o reinado de Luís XV, época na qual a trama se desenrola. Dentre as personagens da narrativa, a camareira real, homossexual, possui relevância na intriga, com a função de iniciar as amantes do rei nas práticas libertinas, tornando-se uma peça-chave na dinâmica dissoluta do poder. Finalmente, destaca-se que a representação da personagem lésbica, como instrutora sexual, constitui a retomada de um personagem-tipo da literatura erótica do século XVIII, remontando às obras de Sade e do marquês d’Argens. Pétrus Borel, leading figure of the frenetic romanticism of 1830, writes the novel Madame Putiphar (1839) aiming to uncover the corruption and debauchery of the French court of the eighteenth century during the reign of Louis XV, at which time the story takes place. Among the characters in the narrative, the royal maid, homosexual, has a great relevance to the story since her function is to teach libertine practices to the King’s mistresses, becoming a key player in the dissolute dynamic of power. Finally, it is worthy of mention that the representation of the lesbian character as a sex instructor is the resumption of a character-type of the eighteenth century’s erotic literature, going back to the works of Sade and the Marquis d’Argens.