A identidade trágica do jaguaretê

O presente artigo pretende apresentar uma pequena análise do conto “Meu tio o iauaretê” (Guimarães Rosa), mostrando algumas marcas da tragédia grega na sua construção, sobretudo no que tange à representação do outro, tal como ocorre com o Dionísio, o estrangeiro lídio de As bacantes (Eurípedes). No...

Descripción completa

Guardado en:
Detalles Bibliográficos
Autor principal: Lima, Marcos Hidemi de
Formato: Artículo publishedVersion
Lenguaje:Portugués
Publicado: Programa de Pós-graduação em Letras 2016
Materias:
Acceso en línea:http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/terraroxa/article/view/24859
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-038&d=article24859oai
Aporte de:
Descripción
Sumario:O presente artigo pretende apresentar uma pequena análise do conto “Meu tio o iauaretê” (Guimarães Rosa), mostrando algumas marcas da tragédia grega na sua construção, sobretudo no que tange à representação do outro, tal como ocorre com o Dionísio, o estrangeiro lídio de As bacantes (Eurípedes). No papel desse outro, o personagem central vive uma crise de identidade: como branco, acaba incorrendo contra os valores da religião judaico-cristã; como índio, endossa alguns valores do mundo branco e, como animal, entra em confronto com a sua natureza humana.   This article intends to present a little analysis of Guimarães Rosa’s short story “Meu tio o iauaretê”, showing some traces of Greek tragedy in its composition, mainly when referring to a representation of other, as it occurs to Dionysus, the Lydian foreigner from Euripides’ The Bacchae. Perfoming this other, the main character lives an identity crisis: as a white man, he just incurs against the Judaic-Christian religion; as an indian,  he corroborates some white man values; and as an animal, he confronts his human nature.