ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NAS ÁGUAS DO SÃO FRANCISCO

O presente artigo discute as relações entre as cartilhas de alfabetização (livros didáticos) atualmente utilizadas e as concepções contemporâneas de Leitura e Letramento. O estudo realizou-se especificamente em uma escola municipal de Petrolina – PE, localizada em uma ilha do Rio São Francisco – Ilh...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Guimarães Ramos HENZ, Rossana Regina; Universidade de Pernambuco (UPE)
Formato: Artículo publishedVersion
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2015
Materias:
Acceso en línea:http://www.e-publicacoes.uerj.br/ojs/index.php/pensaresemrevista/article/view/18427
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-037&d=article18427oai
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Sumario:O presente artigo discute as relações entre as cartilhas de alfabetização (livros didáticos) atualmente utilizadas e as concepções contemporâneas de Leitura e Letramento. O estudo realizou-se especificamente em uma escola municipal de Petrolina – PE, localizada em uma ilha do Rio São Francisco – Ilha do Massangano em que é utilizada como suporte de leitura para alfabetização dos alunos do 1º ano do Ensino Fundamental a cartilha Alfa e Beto de João Batista de Oliveira.  Uma caracterização do espaço geográfico e social evidencia essa ilha como uma pequena comunidade de pescadores e agricultores que sobrevivem dessas atividades ou de pequenos serviços na cidade. Metodologicamente, a pesquisa realizou-se por meio da observação do trabalho pedagógico realizado pela professora e pelas interações dos alunos com o livro. Foram utilizados os recursos da pesquisa qualitativa no sentido de que os dados colhidos fossem analisados e comparados nas perspectivas linguística e social, no que se refere às concepções de leitura e letramento. Os resultados apontaram para uma divergência notória entre as propostas de atividades – temas e subtemas – da cartilha e os interesses sociais dos alunos. Como praticamente o único suporte de leitura escolar utilizado na escola, a cartilha tem preponderância no trabalho pedagógico, ou seja, as leituras e escritas dos estudantes praticamente se resumem a esse gênero escolar.  Os resultados da pesquisa tornaram evidente um afastamento entre “o que lê e o que se vive” nesta ilha, provocando lacunas não somente no processo de alfabetização, mas também na proposta escolar de se formar leitores.