Concepções de linguagem: gramática de língua portuguesa e ensino de língua materna

A língua é heterogênea, variável, sócio-historicamente constituída, entretanto, nem sempre essa visão prevalece na prática diária nas salas de aula. Muitos professores seguem aquilo que é prescrito pela gramática normativa, desconsiderando a mutabilidade da língua, apresentando o “certo” em oposição...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Gonçalves, Letícia Aparecida de Araújo, de Almeida Baronas, Joyce Elaine
Formato: Artículo publishedVersion Artigo Avaliado pelos Pares Pesquisa histórica; pesquisa bibliográfica; análise documental.
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidade Estadual de Londrina 2014
Materias:
Acceso en línea:http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/16191
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-038&d=article16191oai
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Sumario:A língua é heterogênea, variável, sócio-historicamente constituída, entretanto, nem sempre essa visão prevalece na prática diária nas salas de aula. Muitos professores seguem aquilo que é prescrito pela gramática normativa, desconsiderando a mutabilidade da língua, apresentando o “certo” em oposição ao “errado” em língua materna. Neste trabalho, que é um recorte da dissertação de mestrado em andamento, fundamentamos nossas discussões nos pressupostos da sociolinguística e da linguística histórica, com o objetivo de investigarmos as concepções de linguagem que permeavam o ensino no início do século XIX a partir da análise da Gramática normativa da língua portuguesa de Rocha Lima. Para isso, contextualizamos a situação da língua portuguesa no Brasil e seu ensino desde colonização, o papel dos padres jesuítas para a consolidação do ensino em terras brasileiras. Comentamos brevemente as concepções de linguagem baseadas nos trabalhos desenvolvidos por Geraldi (1984), Perfeito (2004; 2005; 2007), Travaglia (2009). Para as discussões sobre a heterogeneidade linguística brasileira e as implicações para o ensino de língua materna, consideramos os estudos de Castilho (1998, 2002, 2010), Camacho (1988), Ilari e Basso (2011), Mattos e Silva (2004). Verificamos com a análise do corpus que, apesar de apresentar na introdução menções ao caráter heterogêneo e variável da língua, o autor mantém-se preso ao prescritivismo, considerando, segundo a concepção de linguagem como expressão do pensamento, as regras de bom uso da língua aquelas presentes nas obras literárias de autores clássicos. Palavras-chave: Gramática. Concepções de linguagem. Ensino.