Construções de metátese na gíria juvenil peruana: uma análise otimalista

O presente artigo tem por objetivo demonstrar de que maneira o fenômeno da metátese atua em itens lexicais oriundos da gíria juvenil peruana (a chamada jeringa), utilizando para isto o instrumental téorico da Teoria da Otimalidade (GONÇALVES et al., 2009; CAGLIARI, 2002; COSTA, 2001). Mais especific...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Taranto, Thayssa
Formato: Artículo publishedVersion Artigo Avaliado pelos Pares
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidade Estadual de Londrina 2013
Materias:
Acceso en línea:http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/15690
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-038&d=article15690oai
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Sumario:O presente artigo tem por objetivo demonstrar de que maneira o fenômeno da metátese atua em itens lexicais oriundos da gíria juvenil peruana (a chamada jeringa), utilizando para isto o instrumental téorico da Teoria da Otimalidade (GONÇALVES et al., 2009; CAGLIARI, 2002; COSTA, 2001). Mais especificamente, demonstraremos por que determinadas formas linguísticas emergem na fala de seus usuários em detrimento de outras aparentemente possíveis. A metátese é um processo formal que consiste na reordenação das sílabas ou dos segmentos de uma determinada palavra (CRYSTAL, 1988) cuja finalidade pode ser encobrir seu significado real (função críptica), imprimir-lhe novas conotações (função identitária) ou simplesmente “brincar” com o interlocutor (função lúdica) (CALVET, 1994). Como exemplo disto, observamos a utilização das formas “cofla” e “dorima” em lugar de flaco (rapaz) e marido (cônjuge), respectivamente. Para a realização desta pesquisa, analisamos, com base em restrições elencadas hierarquicamente, palavras dissílabas extraídas da coluna de fofocas Ya fuiste, a qual é diariamente publicada no tabloide Ajá, jornal de caráter popular altamente difundido na capital peruana. Quanto aos resultados desta pesquisa, observamos que as formas analisadas obedecem tanto às restrições da língua espanhola quanto do fenômeno em si, isto é, são compostas de apenas um pé silábico e possuem um limite com relação à reordenação de seus segmentos ou sílabas, uma vez que reordenamentos drásticos tornariam a palavra irreconhecível para o falante/ouvinte, prejudicando sua identificação e, consequentemente, sua aceitação pelo mesmo (HUME, 2001).