O cavalo e a cadeira de balanço: um jogo de vai-e-vem entre Benjamin e Beckett

Quando infante e na velhice, o homem experiencia no movimento pendular, nogesto de ir e vir, um jogo de dimensões temporais e espaciais. O cavalinho de balanço, feitode madeira, pode representar para a criança a conquista de um lugar no mundo, enquanto que,na cadeira de balanço, o adulto realiza a d...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: CAPES, Caminha, José Guimarães; Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Formato: Artículo publishedVersion
Lenguaje:Portugués
Publicado: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2015
Materias:
Acceso en línea:http://www.e-publicacoes.uerj.br/ojs/index.php/soletras/article/view/14794
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-037&d=article14794oai
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Descripción
Sumario:Quando infante e na velhice, o homem experiencia no movimento pendular, nogesto de ir e vir, um jogo de dimensões temporais e espaciais. O cavalinho de balanço, feitode madeira, pode representar para a criança a conquista de um lugar no mundo, enquanto que,na cadeira de balanço, o adulto realiza a digressão e reúne as imagens que consegue buscar nopassado pela lembrança e rememoração. Tanto o brinquedo (o cavalo) quanto o utilitário (acadeira) tem seus valores de uso profanados, pela criança e pelo velho, e se reconfiguramtanto na brincadeira infantil quanto no jogo teatral. São lugares de passagem, encruzilhadastemporais em que o futuro sonhado e o passado rememorado aparecem de formaintempestiva. O pensamento de Walter Benjamin, em Reflexões sobre a criança, o brinquedoe a educação (2002), serve de ponto de partida as observações de Freud e de GiorgioAgamben. Na repetição dos gestos de outrem e no prolongamento do outrora, os personagensde Film (1963) e Rockaby (1981), de Samuel Beckett, tentam (re)montar a vida e buscamadiar o fim da partida.