Reprimarização sem industrialização, uma crise estrutural no Brasil/ Reprimarization without industrialization, a structural crisis in Brazil

O presente texto apresenta uma interpretação da crise brasileira atual a partir de uma análise mais abrangente, tanto no que diz respeito à interação entre os fatores externos da crise, especificamente a forma de inserção na divisão internacional do trabalho e suas conseqüências sobre estrutura prod...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Salama, Pierre
Formato: Artículo publishedVersion
Lenguaje:Portugués
Publicado: Programa de Pós-Graduação em Política Social da UFES 2016
Materias:
Acceso en línea:http://periodicos.ufes.br/argumentum/article/view/13937
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-040&d=article13937oai
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Sumario:O presente texto apresenta uma interpretação da crise brasileira atual a partir de uma análise mais abrangente, tanto no que diz respeito à interação entre os fatores externos da crise, especificamente a forma de inserção na divisão internacional do trabalho e suas conseqüências sobre estrutura produtiva, quanto em relação aos efeitos distributivos decorrentes. O autor demonstra o quanto a alta cotação das matérias-primas e a conseqüente reprimarização da economia implicaram um processo de desindustrialização e diminuição dos salários reais, apesar do aumento da produtividade nos setores exportadores. O artigo aponta ainda o quanto seria possível privilegiar o mercado interno, possibilitando uma melhoria na redistribuição de renda. A crise se revela tanto como esgotamento de um modelo de crescimento rentista e associado à reprimarização, quanto sua diferença em relação a uma verdadeira política de esquerda. Esta teria de ser baseada no reconhecimento de que a riqueza advém exclusivamente do trabalho e, portanto, no reconhecimento de que as políticas sociais têm atuar sobre a relação capital/trabalho e não em termos de discriminalização em termos de faixas renda.