Viagem de canoa da lua e do sol: a ontologia da errância em Lévi-Strauss
A metáfora da viagem de canoa da lua e do sol, nas Mitológicas 3 (A Origem dos Modos à Mesa), de Lévi-Strauss (2006), bem como a dialogia divórcio-matrimônio dos astros, nos remete à condição originária do sentido de errância, constituída aqui – ontologicamente – como hipótese de nossa investigação....
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| Autor principal: | |
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| Formato: | Artículo publishedVersion |
| Lenguaje: | Portugués |
| Publicado: |
Ponto-e-Vírgula. Revista de Ciências Sociais. ISSN 1982-4807
2013
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| Materias: | |
| Acceso en línea: | http://revistas.pucsp.br/index.php/pontoevirgula/article/view/13931 http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-027&d=article13931oai |
| Aporte de: |
| Sumario: | A metáfora da viagem de canoa da lua e do sol, nas Mitológicas 3 (A Origem dos Modos à Mesa), de Lévi-Strauss (2006), bem como a dialogia divórcio-matrimônio dos astros, nos remete à condição originária do sentido de errância, constituída aqui – ontologicamente – como hipótese de nossa investigação. Por meio das viagens das narrativas mitológicas entrelaçam e se opõem, simultaneamente, Sol e Lua na busca de compreender um sentido mais profundo da relação natureza e cultura e sua efetiva desconstrução de fronteiras, mediatizada pela compreensão do perspectivismo antropológico das culturas ameríndias. O erro aqui não é oposição binária da certeza, mas a dinâmica que dá sentido próprio à existência errante do homem na natureza, sua inventividade e retificação subjetiva diante das coisas e do mundo que o rodeia. Como paradigma astronômico, a mitologia nos leva a pensar a viagem do sol e lua através da canoa do tempo que deseja teatralizar esse movimento da errância, de natureza essencialmente ambígua, anacrônica, pelo qual o caminho do humano deve trilhar. |
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