Produção de pobreza e construção de subjetividade
Desigualdade e pobreza são significantes que adquiriram centralidade na bibliografia ligada às Ciências Sociais e nos documentos públicos. Eles têm povoado a linguagem do senso comum, os meios de comunicação de massa e as discussões acadêmicas há vários anos. A importância que esses significantes ga...
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| Autor principal: | |
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| Formato: | Text Capítulo de Libro |
| Lenguaje: | Por |
| Publicado: |
CLACSO
2012
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| Materias: | |
| Acceso en línea: | http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/collect/clacso/index/assoc/D6199.dir/04mur2.pdf |
| Aporte de: |
| Sumario: | Desigualdade e pobreza são significantes que adquiriram centralidade
na bibliografia ligada às Ciências Sociais e nos documentos públicos. Eles
têm povoado a linguagem do senso comum, os meios de comunicação de
massa e as discussões acadêmicas há vários anos. A importância que esses
significantes ganharam não é questão de mera especulação teórica, já que
seu uso, por parte de comunicadores, teóricos sociais e funcionários de
governo, exerce efeitos sobre as políticas sociais e os sujeitos individuais e
coletivos. O objetivo deste texto é analisar algumas transformações
discursivas que, da teoria social a documentos dos organismos internacionais,
há vários anos naturalizaram esses significantes, apresentando-os como parte da estrutura ontológica do ser humano. Concentro-me principalmente
nos documentos produzidos por um dos organismos internacionais de
mais prestígio, o Banco Mundial (BM), instituição que leva adiante uma
estratégia discursiva sobre a pobreza que guarda correlações com argumentos
de ilustres filósofos e teóricos sociais, assim como com estratégias políticas
aplicadas efetivamente a partir dos Estados e, em alguns casos, exigidas
pela sociedade civil. |
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