De Boulainvilliers a Tocqueville: da liberdade como defesa de privilégios à liberdade como defesa de diferenças
Desde meados da segunda metade do século XX, parte expressiva do pensamento social e político vem conferindo destaque à obra de Alexis de Tocqueville. Nesta etapa, sua reflexão é revista nos marcos da democracia liberal: haveria em sua abordagem preciosas sugestões quanto aos dilemas das democracias...
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Formato: | Artículo científico |
Publicado: |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
2012
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Acceso en línea: | http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=86824787008 http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-034&d=86824787008oai |
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Sumario: | Desde meados da segunda metade do século XX, parte expressiva do pensamento social e político vem conferindo destaque à obra de Alexis de Tocqueville. Nesta etapa, sua reflexão é revista nos marcos da democracia liberal: haveria em sua abordagem preciosas sugestões quanto aos dilemas das democracias modernas. Tal percepção, porém, pressupõe certo nexo entre os conceitos de liberalismo e democracia distante do universo intelectual próprio às preocupações tocquevillianas. Pretende-se, neste artigo, apontar o viés conservador subjacente às análises de Tocqueville. Para tanto, sua obra será interpretada à luz da tradição liberal francesa na qual ela se insere, e que remonta à Querela das duas raças, protagonizada por Henri de Boulainvilliers no crepúsculo do século XVII. Trata-se da gênese de uma tripla polaridade que informa Tocqueville: em um eixo positivo, liberdade, heterogeneidade e descentralização; no negativo, igualdade, homogeneidade e centralização. |
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