Precarização e individualização: em que sociedade vivemos? Reflexões sobre a validade empírica do "discurso sobre a segunda modernidade"

Fundamentalmente é possível identificar, na discussão sobre os contornos e as conseqüências das dinâmicas do desenvolvimento social, dois diagnósticos sobre a desigualdade social. De um lado se observa uma desestruturação da desigualdade social, por outro, e em contradição a ela, uma crescente polar...

Descripción completa

Guardado en:
Detalles Bibliográficos
Autores principales: Werner Thole, Sarina Ahmed, Davina Höblich
Formato: Artículo científico
Publicado: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul 2007
Materias:
Acceso en línea:http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=74270208
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-046&d=74270208oai
Aporte de:
Descripción
Sumario:Fundamentalmente é possível identificar, na discussão sobre os contornos e as conseqüências das dinâmicas do desenvolvimento social, dois diagnósticos sobre a desigualdade social. De um lado se observa uma desestruturação da desigualdade social, por outro, e em contradição a ela, uma crescente polarização da sociedade. Mediante o recurso a estudos recentes o presente artigo pergunta criticamente pela estrutura social da República Federal da Alemanha e por indicadores de uma mudança na estrutura da desigualdade social. Constatações empíricas sobre orientações sócio-culturais, aspirações de formação, modos de comportamento no tempo livre e preferências no estilo de vida são reunidas e discutidas em relação a sua dependência da origem social e em relação a constância e mobilidade sociais. Estes estudos revelam que, se bem é verdade que tenha havido tendências de desestruturação e de mobilidade social, elas não foram claras e generalizadas; por outro lado, tampouco são claras e generalizadas as tendências a uma reprodução das estruturas de desigualdade específicas de classe. A análise da relação entre situação de classe, bemestar social e condições de vida nas áreas satisfação com a vida, qualidade da moradia e dificuldades financeiras apoiam a tese da teoria da modernização sobre o aumento de riscos e situações de dificuldades independentemente da classe. Contudo, os estudos mostram também que são sempre e sobretudo as camadas pobres em recursos econômicos e sócio-culturais as que pouco participam das opções sociais de mobilidade. A recomendação formulada com base nestes resultados é um voto em favor do abandono dos enfoques monocausais e unidimensionais nas interpretações e na ênfase de relações causais.