Da memória traumática ao relato heróico: o papel da violência na identidade do Bairro da Población La Victoria, em Santiago do Chile

A partir do caso de Población La Victoria, este artigo explora a emergência da identidade de bairro gerada pela experiência de dois fatos traumáticos mediados por situações de violência: a tomada de terrenos que lhe deu origem (1957) e a resistência à ditadura militar (1973-1989). A tensão entre con...

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Autor principal: Alexis Cortés
Formato: Artículo científico
Publicado: Universidade Federal de Goiás 2011
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Acceso en línea:http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=70322141010
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-045&d=70322141010oai
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Sumario:A partir do caso de Población La Victoria, este artigo explora a emergência da identidade de bairro gerada pela experiência de dois fatos traumáticos mediados por situações de violência: a tomada de terrenos que lhe deu origem (1957) e a resistência à ditadura militar (1973-1989). A tensão entre conflito e violência experimentados poderia ter configurado uma memória traumática e um relato vitimizante, mas criou-se um relato heróico baseado num ideário de luta, solidariedade e organização. Ele unificaria ambas as experiências numa narrativa específica, pois a ditadura veio a dar continuidade à memória dos fundadores, e a tomada forneceu um universo de significações que permitiu compreender a resistência à ditadura como uma extensão da epopeia de 1957. Para isso foi fundamental a circulação do relato mediante mecanismos como a reprodução do mito de origem, a toponímia e o muralismo.