Pós-materialismo e participação política no Brasil

Defensores da teoria do desenvolvimento humano têm afi rmado que nas últimas décadas estaria ocorrendo em escala mundial um processo de mudança nas prioridades valorativas dos indivíduos em direção a uma postura pós-materialista. Um dos principais componentes dessa (re)orientação seria a aspiração p...

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Autor principal: Ednaldo Aparecido Ribeiro
Formato: Artículo científico
Publicado: Universidade Federal de Goiás 2008
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Acceso en línea:http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=70311249025
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-045&d=70311249025oai
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Sumario:Defensores da teoria do desenvolvimento humano têm afi rmado que nas últimas décadas estaria ocorrendo em escala mundial um processo de mudança nas prioridades valorativas dos indivíduos em direção a uma postura pós-materialista. Um dos principais componentes dessa (re)orientação seria a aspiração por auto-expressão que, por sua vez, engendraria demandas por mecanismos que possibilitariam a participação ativa e autônoma dos cidadãos na política. No presente artigo, analisamos a validade dessa tese no contexto brasileiro, no qual a literatura pertinente tem indicado a existência de uma cultura política repleta de elementos autoritários e não muito favoráveis ao estabelecimento de práticas participativas. Tratamos, portanto, de testar a hipótese da associação entre a síndrome pós-materialista e um conjunto de valores e atitudes relacionados ao tema da participação na população nacional. Utilizando as bases de dados produzidas pelas duas pesquisas realizadas pelo Projeto World Values Survey em nosso país, em 1991 e 1997, concluímos que a mencionada associação se verifi ca no Brasil, entretanto, não como previsto pelos principais pesquisadores vinculados a essa teoria.