Arqueologia e práticas artísticas de mulheres da Amazônia: As cuias no contexto das missões jesuíticas da região de Santarém no Grão-Pará

Este artigo busca analisar relações de continuidade e descontinuidade, entre objetos da cultura material cerâmica e lítica de decoração incisa e ponteada, relacionada aos indígenas Tapajó e Konduri, e objetos associados produzidos sobre suportes orgânicos, nomeadamente os frutos da Crescentia cujete...

Descripción completa

Guardado en:
Detalles Bibliográficos
Autores principales: Amaral, Anderson Márcio, de Almeida Martins, Renata Maria
Formato: Artículo revista
Lenguaje:Portugués
Publicado: Centro de Investigaciones y Estudios sobre Cultura y Sociedad 2025
Materias:
Acceso en línea:https://revistas.unc.edu.ar/index.php/ihs/article/view/50930
Aporte de:
Descripción
Sumario:Este artigo busca analisar relações de continuidade e descontinuidade, entre objetos da cultura material cerâmica e lítica de decoração incisa e ponteada, relacionada aos indígenas Tapajó e Konduri, e objetos associados produzidos sobre suportes orgânicos, nomeadamente os frutos da Crescentia cujete. A produção de cuias no baixo Amazonas, um ofício de mulheres, representa uma rica tradição cujas origens provavelmente são anteriores a invenção cerâmica. Ricamente decoradas são uma parte pouco conhecida da cultura Santarém, que teve seu período de maior pujança entre os séculos X e XVIII. Persistindo na época colonial, imbricavam elementos decorativos de origem indígena, europeia e asiática, como atestam os exemplares reunidos em áreas de antigas missões jesuíticas, como Monte Alegre e Santarém, por Alexandre Rodrigues Ferreira na sua Viagem Filosófica (1783-1792). Um aspecto da cultura Santarém que quando melhor abarcado abrirá caminhos para a compreensão das dinâmicas existentes entre cultura material compartilhada, territorialidades e continuidades culturais no passado e no presente.