Gramatização e catecismos de conversão: Pedagogia jesuítica e a escolarização das línguas no mundo Ibérico e colonial (séculos XVI–XVIII)

Este artigo analisa o papel da Companhia de Jesus na articulação entre catequese, escolarização e gramatização das línguas no mundo ibérico e colonial, entre os séculos XVI e XVIII. A partir da comparação entre compêndios, catecismos e gramáticas, evidencia-se como a pedagogia jesuítica estruturou u...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Oliveira, Luiz Eduardo
Formato: Artículo revista
Lenguaje:Portugués
Publicado: Centro de Investigaciones y Estudios sobre Cultura y Sociedad 2025
Materias:
Acceso en línea:https://revistas.unc.edu.ar/index.php/ihs/article/view/50219
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Sumario:Este artigo analisa o papel da Companhia de Jesus na articulação entre catequese, escolarização e gramatização das línguas no mundo ibérico e colonial, entre os séculos XVI e XVIII. A partir da comparação entre compêndios, catecismos e gramáticas, evidencia-se como a pedagogia jesuítica estruturou um modelo híbrido: instrumento religioso, estratégia missionária e tecnologia política. O estudo mostra que os jesuítas, ao mesmo tempo em que consolidaram o ensino do latim, elaboraram gramáticas e dicionários das chamadas “línguas exóticas”, como o tupi, o quimbundo e o japonês, acompanhados de catecismos bilíngues voltados à conversão indígena. Essa produção não apenas possibilitou a difusão da fé cristã, mas também criou repertórios linguísticos e tradutórios que sustentaram a política colonial. Por fim, argumenta-se que a escolarização das línguas, ao transitar das Cartinhas e Catecismos quinhentistas às reformas pombalinas, constituiu um dispositivo fundamental de governo e de integração cultural no império luso-brasileiro.