O Tomismo Tridentino como Marca da Ação Evangelizadora Jesuíta na América Portuguesa
O não entendimento do outro marcou a ação jesuíta na América Portuguesa. Os inacianos, influenciados pelo ideal de homem referendado pelo Concílio de Trento e marcados pelo tomismo moderno daí decorrente, buscaram, a partir de sua ação evangelizadora, integrar o índio no corpo místico do Império Por...
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| Autor principal: | |
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| Formato: | Artículo revista |
| Lenguaje: | Español |
| Publicado: |
Centro de Investigaciones y Estudios sobre Cultura y Sociedad
2014
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| Acceso en línea: | https://revistas.unc.edu.ar/index.php/ihs/article/view/17607 |
| Aporte de: |
| Sumario: | O não entendimento do outro marcou a ação jesuíta na América Portuguesa. Os inacianos, influenciados pelo ideal de homem referendado pelo Concílio de Trento e marcados pelo tomismo moderno daí decorrente, buscaram, a partir de sua ação evangelizadora, integrar o índio no corpo místico do Império Português, fazendo dele cristão e súdito do rei. Partiu-se da concepção de “Lei Natural da Graça”, princípio contra-reformista de base tomista, que favoreceu o entendimento de que, no caso indígena, a graça estaria encoberta pelos maus costumes e pela língua. Seria necessária uma ação que possibilitasse ao índio despertar para a memória do bem, e assim, identificar em sua prática elementos do mal, arrependendo-se. Dentre as estratégias usadas esteve a educação, cujo elemento norteador fora o Ratio Studiorum, e a manipulação da língua que, ao ser sistematizada e transformada a partir da constituição de uma gramática nos moldes europeus, levaria o índio ao entendimento da palavra de Deus e à conversão. Estas estratégias, foco do presente estudo, levaram ao não entendimento do índio brasileiro pelos jesuítas, que denominaram sua prática como “dificultíssima”, alertaram para a “Inconstância da Alma Selvagem” e entenderam os costumes indígenas como demoníacos, ou marcados pela ausência do bem. |
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