Jean Améry e uma leitura do universo concentracionário: indignação ética e virtude testemunhal 

Na literatura testemunhal produzida pelos sobreviventes dos campos de concentração e extermínio nazistas, a peculiaridade da obra assinada por Jean Améry (1912-1978) reside em que “Auschwitz” não é frequente ou pregnante em seus ensaios autobiográficos, sendo bastante escassos os elementos factuais,...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Gonçalves, Marcos
Formato: Artículo revista
Lenguaje:Español
Publicado: Centro de Estudios Históricos Profesor Carlos S. A. Segreti 2025
Materias:
Acceso en línea:https://revistas.unc.edu.ar/index.php/anuarioceh/article/view/49400
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Sumario:Na literatura testemunhal produzida pelos sobreviventes dos campos de concentração e extermínio nazistas, a peculiaridade da obra assinada por Jean Améry (1912-1978) reside em que “Auschwitz” não é frequente ou pregnante em seus ensaios autobiográficos, sendo bastante escassos os elementos factuais, ou a materialidade própria à descrição dos acontecimentos cotidianos. Meu artigo examina como Améry interpretou e atribuiu significados à experiência concentracionária, a partir de um vocabulário onde estão evidenciadas as seguintes características: a subliminaridade, as conotações e as analogias. Ao contrário da narrativa de outros sobreviventes orientados por fatos e cronologias, o testemunho de Améry é organizado a partir de uma densa e desalentadora reflexão filosófica, de sorte a produzir uma leitura original e inovadora do universo concentracionário, onde se destacam categorias como a indignação ética e a virtude do caráter testemunhal quanto aos juízos sobre a autenticidade e a verdade.